Enviada em: 15/10/2017

Em janeiro de 2017, o governo Obama, cedia posse de um dos cargos mais importantes de seu país a um líder com acusações de ódio a diversas culturas presentes nos EUA. Em meio a todas as contradições, Donald Trump assumia de forma democrática, porém ficou evidente que em casos como o de Charlottesville, a posição política do presidente era em suma contraditória. Fato esse que se deve ao seu discurso, o qual ele defendia que ambos os lados, tantos os neonazistas como aqueles que protestavam contra esses, se utilizarem de violência para propagar suas mensagens, o que na visão da mídia mundial e da grande maioria norte americana estava distante da realidade.       É inegável que a intolerância nas redes sociais, sofre forte influência da ascensão desses líderes. Nesse contexto, o ´´Brexit``, parte do pressuposto que o Reino Unido não deve se manter na União Europeia. Devido a uma série de fatores, como os problemas enfrentados com a migração excessiva e o fato que esses nunca se consideraram confortáveis sendo parte da EU. Ficou claro no desenrolar dessa história que houve um aumento considerável, das linhas de pensamento xenofóbicas e racistas. Marine le Pen na França é outro exemplo, propondo um basta a questão da imigração e a restauração de um país verdadeiramente francês, o que resumidamente significa, em uma nação sem imigrantes com valores contrários a junção de culturas em uma relação harmônica, o que se assemelha em muito a Alemanha nazista da décade 30 a 40.       No que se refere ao Brasil, a disseminação desses mesmos ideais é notória, um caso em particular é suficiente para enfatizar a situação. Jair Bolsonaro é no âmbito nacional, a síntese de todos os discursos de odeio que vem ganhando força na internet. Suas características se baseiam em enfatizar uma visão da família brasileira e o repudio as comunidades indígenas, quilombolas e diversas outras. Por meio do anonimato virtual, seus seguidores ganham força para continuar a apoiar seu líder, carinhosamente apelidado de ´´Mito``. Esses pressupõem que um só homem tem o poder de mudar a política, fruto de uma visão ultrapassada, fundamentada em pretextos impossíveis.       Pode-se concluir que em meio a esse cenário, urge a necessidade de mudanças. O Ministério da Cultura e da Educação, deve por meio de aulas temáticas nas escolas públicas, oferecer o acesso e a interação dos alunos com diversas culturas, a fim de prevenir que esses passem a pregar no futuro discursos de ódio em suas redes sociais. Ademais, o Judiciário junto ao MEC por meio de uma assembleia especial, tem o encargo de analisar e penalizar casos de abusos na internet, punindo os culpados. Em suma, caso sejam efetuadas, essas soluções diminuiriam em muito a disseminação de ideias ultrapassadas na sociedade.