Enviada em: 25/10/2017

De acordo com o físico alemão Albert Einstein, se não modificarmos a nossa maneira de pensar, não seremos capazes de resolver os problemas causados pela forma como nos acostumamos a ver o mundo. Desse modo, percebe-se que a intolerância e o discurso de ódio pelas redes sociais é causado pela visão errônia e preconceituosa das pessoas. Nesse contexto, há dois fatores que não podem ser negligenciados como o desconhecimento populacional sobre os crimes cibernéticos e o anonimato dos criminosos que usam a desculpa da liberdade de expressão para cometer insultos nas redes sociais contra  determinados grupos.        Em primeira análise, cobe pontuar que o frágil conhecimento da sociedade civil sobre os crimes cibernéticos promove a persistência dessa intolerância na internet. Uma prova disso é o levantamento feito pela ONG Safernet que divulgou que em 3 anos houve um aumento de 200% de denúncias contra crimes oriundos das redes de comunicação. Dessa forma, percebe-se que um dos caminhos para diminuir a intolerância e  os discursos de ódio nas redes sociais é instruir a população como denunciar esse tipo de crime, para que os infratores sejam devidamente punidos.                       Ademais, convém frisar que o disfarce dos criminosos atrás da tela do computador e o pretexto de que estão apenas exercendo o seu direito de liberdade de expressão facilita a disseminação desses crimes cibernéticos. Entretanto, a liberdade de expressão não é um direito absoluto, o que significa que quando ela contém difação, calúnia ou injúria pode originar processo. Diante disso, percebe-se que este problema só será amenizado quando a expansão do conhecimento social sobre tais leis for ampliado, e os criminosos passarem a ser banidos de forma adequada, para que isso não se propague ainda mais.           Portanto, é  evidente que o espaço virtual não deve estar alheio a qualquer forma de regulamentação, sobretudo no que se refere aos temas penais. Tendo em vista a vulnerabilidade do meio informático e o dinamismo da nova criminalidade a ele inerente, uma sociedade informada é imprescindível para que se alcance o equilíbrio entre o uso saudável da internet e a segurança, seja na sua dimensão pública ou pessoal, que só pode ocorrer a partir de debates em ONG's especializadas sobre crimes cibernéticos e em escolas. Além disso, de uma construção de uma política legislativa mais robusta e que melhor responda às necessidades sociais. Como primeiro passo, é necessária legislação própria e, antes disso, um atento exame dos diversos aspectos técnicos que gravitam em torno do assunto, a fim de que se garanta a adequação e a efetividade da lei.