Enviada em: 14/03/2018

Em 2011, a Organização das Nações Unidas declarou o acesso à internet um direito fundamental do ser humano. Essa medida evidencia a importância que o meio virtual possui em diversas áreas, como a educação e o lazer. Entretanto, esse mesmo veículo proporciona a disseminação de preconceitos e do ódio em larga escala. Nesse contexto, é válido abordar a falta de conhecimento acerca do diferente e a aproximação entre pessoas de ideias convergentes, possibilitada pela era digital, como potencializadores dese fenômeno.   Primeiramente, cabe dizer que é uma reação comum do ser humano sentir-se desconfortável diante do desconhecido, contudo muitas pessoas reagem a esse sentimento de forma hostil. Sob essa análise, a falta de contato, prin cipalmente na infância, com valores os quais destoam dos padrões mais conservadores pode levar a uma falta de alteridade acerca de tudo o que rompe com essas normas. Diante disso, as redes sociais tornam-se o cenário perfeito para esses indivíduos expressarem o seu ódio, uma vez que não serão confrontados pessoalmente no momento do ato e seus comentários ganham maior capacidade de ampliação.   Além da expansão de comentários negativos que as redes sociais possibilitam, estas também facilitam o apoio a essas opiniões por outros usuários. Nesse cenário, uma fala misógina ou homofóbica, por exemplo, pode ser curtida e fortalecida por outros comentários de usuários os quais defendam a mesma ideia. Dessa forma, o internauta intolerante percebe o seu ponto de vista legitimado e sente-se mais confortável para continuar expondo tais comentários em outras oportunidades.   Fica clara, portanto, a necessidade de medidas serem tomadas, a fim de evitar que uma ferramenta de tanto potencial construtivo mantenha-se como um meio de disseminação de ódio. Com esse objetivo, é essencial a ação das escolas, desde a infância, promovendo o contato dos alunos com tudo aquilo que rompa com os padrões. Essa aproximação pode ser feita por meio da exibição de filmes e documentários em sala ou por palestras com estudiosos e representantes de minorias socias, mas sempre com a posterior discussão em grupo sobre o tema abordado. Assim, será possível reduzir o desconforto diante do que não é comum a esses alunos, previnindo o desenvolvimento da intolerância e sua manifestação tanto na internet quanto pessoalmente.