Enviada em: 19/10/2018

A violência foi usada como meio de coerção social nas principais instituições brasileiras: a "casa grande" chicoteava os escravos, a Escola utilizava de palmatórias, a Igreja de penitências e a Família de palmadas. Entretanto, essa prática já foi abolida de todas as instituições, exceto da Família. Por isso, é relevante compreender os motivos que impedem esse avanço social.       Infelizmente, a palmada ainda é uma forma comum de educar. Nesse canário, considera-se tirar esse "direito" dos pais uma intervenção do Estado impertinente, pois recai a Família a função educadora e moralizante. Por esse motivo, ainda há uma forte rejeição a lei da palmada.       Apesar dessa cultura enraizada, é dever do Estado garantir a integridade física e emocional das crianças e adolescentes. Para isso, é preciso de uma vez por todas por fim a naturalização da violência e evitar possíveis abusos de poder familiar. Como o caso do menino Bernardo que morreu após ser espancado pelo pai e pela madrasta.       Tendo em vista os aspectos mencionados, é importante alterar a cultura de violência que permeia a educação familiar. Para tal, é necessário que o Ministério da Educação aponte maneiras de educar sem violência durante as reuniões escolares, a fim de coibir a prática da palmada. Ademais, cabe ao Juizado Infantil criar programas para acompanhar país que já violentaram os filhos, de modo a prevenir possíveis lesões. Pois, todos merecem ter sua integridade física e emocional respeitada a partir da infância.