Enviada em: 29/04/2019

Foi identificado que, mesmo nos dias atuais, grande porcentagem de pais adotam o uso de violência como forma de criação do próprio filho. A Lei da Palmada desencadeou muitas polêmicas e questionamentos em função da proibição de atos degradantes ou agressivos que provoquem sofrimento físico e hematomas contra a criança ou adolescente no Brasil, mesmo que com intuito de educar.       A Lei 13.010, Lei da Palmada ou também conhecida por Lei Menino Bernardo, foi aprovada em 26 de junho de 2014 e a partir de então é possível realizar denúncias contra casos de suspeita ou confirmação de castigo físico e maus-tratos contra criança ou adolescente para o conselho tutelar mais próximo. É necessário, inclusive, que o testemunho seja de um vizinho, familiar ou funcionário de quem realizou o ato degradante para que a denúncia seja efetuada com sucesso. As penas para os infratores vão desde advertências até o encaminhamento a programas de proteção familiar e orientação psicológica. A lei igualmente serve para o ambiente escolar e proíbe agressões verbais e humilhações aos menores.       “O relacionamento familiar é o primeiro modelo que a criança tem”, diz a psicóloga Isabel Gomes, professora titular do Instituto de Psicologia da USP. O adulto (pais ou responsáveis) como sendo a referência mais concreta que a criança tende a se basear, seja em pontos positivos ou negativos, aderir técnicas violentas para orientar o filho influencia comportamentos agressivos em sua vida adulta, incluindo riscos de origens de problemas psicológicos graves, afetando sua rotina e suas respectivas relações interpessoais. “A criança que sofre agressão se sente rejeitada pelos pais, e isso contribui para sua baixa autoestima, transtornos de ansiedade, depressão, estresse”, afirma Gustavo Teixeira, psiquiatra e autor dos livros Manual Antibullying e Desatentos e Hiperativos. Basicamente, a violência deixa implícito para a criança o motivo de estar sendo punida. Em outras palavras, não é eficaz no criação da criança, mas sim prejudicial.       O avanço cultural constante evidencia cada dia mais a falta de sucesso na educação à base de agressividade, levando aos responsáveis a recorrer por meios alternativos de criação. Como fator natural, diariamente os limites dos pais são testados pelas crianças e muitos colocam o autoritarismo acima da sanidade mental da criança. Em meio à situação onde a criança está agindo de forma errada, o adulto deve impor um castigo proporcional à atitude da criança, tal como desenvolver a capacidade de dialogar e explicar as coisas para ela sem agressividade ou humilhação, tanto para da estabilidade familiar quanto para a mentalidade saudável da criança.