A sociedade ocidental desenvolveu nas ultimas décadas uma grave mazela: o endeusamento da forma física. Nesse sentido, cultua-se de forma exacerbada o corpo humano, eclipsando outros valores de maior relevância como o desenvolvimento intelectual e profissional. Tal mentalidade está enraizada e generalizada principalmente no meio feminino, como uma "bússola da infelicidade". É inegável que os vetores dessa mentalidade esdrúxula são os meios de comunicação, em especial a televisão e a internet. Programas com "Big Brother Brasil" e aplicativos como "Instagram" e "Facebook", promovem a divulgação/imposição de padrões de beleza quase espartanos. Nesse sentido, passa-se a ideia de exclusão aos que não se enquadram no esteriótipo, com o desenvolvimento de uma legião de alienados: pessoas que abdicam dos prazeres da vida (alimentação; convívio social; etc) e até mesmo desenvolvem problemas de saúde, como bulimia e anorexia, na busca do "corpo perfeito". Na esteira desse raciocínio, a falta de preparo dos pais e das escolas para promover a correta orientação das crianças é outro pilar do problema. Para Kant o homem não é nada além daquilo que a educação faz dele. Evidencia-se no pensamento do filósofo a importância da educação como fator de transformação em todo os aspectos sociais e individuais. Nesse escopo, cabem aos pais e aos professores orientar as crianças, desde tenra idade, sobre os perigos da buscar de um "corpo perfeito", de forma a evitar o surgimento de adolescentes e adultos inconformados e infelizes. Resta evidente, portanto, que para arrebentar os grilhões do culto a forma física, os pais e professores devem realizar a correta orientação e acompanhamento das crianças e jovens, exaltando a importância do estudo e da saúde, e os perigos em seguir padrões de beleza preestabelecidos. Além disso, a contratação de psicólogos nas escolas se mostra como fator imprescindível para identificar transtornos de personalidade nos alunos, ceifando tais males antes que se agravem.