Anita Malfatti, Pablo Picasso, Lasar Segall, apesar de serem considerados grandes artistas, ao longo de suas vidas foram julgados e censurados por sua obras. Analogamente, o conservadorismo atual vem impondo limites à arte contemporânea, repercutindo formas de censuras até então já abolidas. Assim como, durante o século XX, os modernistas, por apresentarem um novo estilo cultural e literário, foram bruscamente censuradas pelos seus antecessores. Os atuais artistas com sua visão diferente do mundo sofrem com os limites impostos tanto pelos artistas das décadas passadas como da sociedade atual, por não compreenderem tal visão. Dessa forma, nota-se que esse ciclo se repete pois ao surgirem novos artistas, esses são censurados simplesmente por apresentar uma nova perspectiva. Ademais, em governos ditatoriais como o de Hitler a censura prevalece sobre a arte, isto é, a exposição "Arte Degenerada" ordenada pelo ditador considerou artistas como Pablo Picasso ofensivo e impuro. Da mesmo maneira que ocorreu no período ditatorial brasileiro, onde os atos constitucionais e os consecutivos Estados de Sítio diminuíram consideravelmente a liberdade artística. Logo, é indiscutível que essa situação não se resolverá enquanto as escolas não priorizarem o estudo de artes, através de aulas dinâmicas e de fácil entendimento aos alunos, criando na sociedade o olhar crítico sobre a arte sabendo analisar tanto a arte em si quanto a censura imposta. Em suma, conclui-se que, bem como aconteceram com diversas correntes artísticas, a arte contemporânea vem sofrendo com o conservadorismo da sociedade atual.