Enviada em: 09/05/2018

Arte na visão da censura.    Uma exposição artística em um  museu de São Paulo ocasionou  um mote de contornos nacionais sobre os limites da liberdade de expressão e manifestação. Sabemos que a arte é um toque de genialidade do ser humano, onde se pode traduzir momentos e exprimir todos os tipos de sentimentos e emoções em obras, que, por vezes, somente o criador dirá o significado.     É um mundo de vasta criação que começa com a liberdade do indivíduo demonstrar algum tipo de talento que poderá ser apreciado ou não pelo público. Ninguém precisa ser um pleno conhecedor, bastando usar a imaginação que, com um simples olhar, poderá mergulhar numa atmosfera de inúmeras percepções.     O Brasil não fica distante por estar atento com tudo o que acontece no estrangeiro, e com a magia das artes não seria diferente. De uns tempos para cá, o brasileiro tomou gosto pelos museus, antes somente afeitos àqueles que viajavam para a Europa ou Estados Unidos, tanto que no Rio de Janeiro, a despeito das belezas naturais, se tornou um programa obrigatório para os visitantes da cidade.     Portanto  fica claro que a sociedade em geral tem que ver a arte com outros olhos, já que nas  investigações da Justiça não houve crime. Assim, como vivemos numa sociedade plural e com hábitos conservadores, um mínimo de bom-senso evitaria a polêmica de uma obra artística ser classificada como "incitação à pedofilia" ou "promíscua". Talvez, no afã de atrair publicidade ao trabalho causada pelo impacto do nu, os produtores tenham cegado aos cuidados impostos aos menores de idade, a começar pelos próprios pais.