Enviada em: 11/06/2018

A arte sempre teve o papel de abrir a cabeça das pessoas, gerar debate, críticas e reflexão. Como dizia Umberto Eco: "Nós não sabemos exatamente como, mas sempre foi a arte que primeiro modificou nossa maneira de pensar, ver, sentir, mesmo antes e às vezes com um século de antecedência, que pudéssemos entender por quê." À vista disso, limitar a arte nos dias atuais, é um retrocesso.  Muitas vezes a arte choca e entra em choque com a sociedade. Os impressionistas que hoje são tão visitados, como Picasso e Duchamp, foram rebeldes na sua época, chocaram seus contemporâneos por não se prenderem no limite do que era aceito e conhecido. Atualmente, muitos deles, são considerados inspirações artísticas. Desse modo, instituir limites à arte trará a perda de mudanças sociais importantes para alcançarmos uma sociedade mais livre e de maior equidade.  Vale frisar que os limites na arte foram instituídos por regimes ditatoriais e totalitários. No Brasil, durante o regime militar, que se passou entre 1964 a 1985, muitos artistas foram exilados, como Gilberto Gil e Caetano Veloso, que tiveram suas obras censuradas.  Para Leon Tolstói, a arte é um meio de comunhão entre as pessoas,  ela liberta do isolamento, gera união entre diversos grupos. Para que esse conceito seja alcançado, cabe ao Ministério da Cultura proporcionar exposições culturais, a fim de promover a expansão do conhecimento através da arte. Além disso, a sociedade civil deve se mobilizar com o objetivo de garantir seus direitos de liberdade de expressão. Deste modo, o Brasil se tornará um país mais democrático e livre.