A arte no Brasil sempre esteve muito vinculada a cultura europeia,que a partir da colonização passou a controlar as formas de organização social e cultural dos povos indígenas,através de instalações de escolas Jesuítas que ensinavam os costumes e a língua portuguesa.Essa forma de dominação feita principalmente através da religião, da violência e da intolerância étnica,pode ser encontrada até hoje nos costumes e nas relações sociais e no Brasil.Apesar disso,muitos artistas brasileiros tentaram romper com esse modelo de arte voltada para Europa,conhecidos como modernistas,que traziam em suas obras aspectos nacionais e culturais das diferentes etnias brasileiras,inaugurando um novo processo de expressão artísticas e de pensamento. Nota-se que essas produções artísticas deixaram de ser apenas expositivas para adentrar no espaço sócio-cultural do país,trazendo as pessoas para mais próximo da arte,através da reflexão e discussão sobre os costumes ou práticas preconceituosas muitas vezes naturalizadas, como ocorreu,por exemplo, na exposição Queermuseu-Cartografias da Diferença na Arte Brasileira,promovida pelo Santander Cultural,na qual as obras apresentavam temáticas como gênero,diversidade,violência,entre outros que acabou gerando polêmicas. Observa-se que ao mesmo tempo que ocorreu o avanço artístico-cultural no Brasil, uma parcela da população ainda se exibe traços das práticas ultrapassadas como a tentativa de subjugar ou oprimir expressões artísticas ou grupos diferentes,influenciada muitas vezes pela religião que exerce efeito no comportamento da população brasileira,sendo um exemplo,a dificuldade de se discutir questões como sexualidade no âmbito familiar,pela mídia que também pode contribuir para a manutenção de uma sociedade que não empodera sua população, pelos grupos sociais primários como a família que exerce papel fundamental na construção do individuo e pelas redes sociais que estão cada vez mais presentes na vida dos cidadãos brasileira. Deste modo, os limites para a arte está em como ela é difundida e entendida por uma sociedade, assim como o filósofos sofistas acreditavam que o homem determina o que é certo ou errado, logo a arte pode ser entendida como subjetiva, portanto, infinita. Por conseguinte, é necessário que ocorra a aproximação do Estado com a população, isto é, que ocorra palestras educativas sobre a importância da diferença étnica brasileira,o incentivo e apoio a música, ao teatro, a literatura nacional, ou seja, a valorização da produção artística e cientifica para que mais pessoas possa conhecer as riquezas locais. Além disso, trabalhar desde a infância o contato com as artes através de jogos educativos, livros, animações para que essa criança cresça com uma perspectiva crítica não somente sobre arte, mas também sobre o mundo que a cerca.