Em " As crônicas de gelo e de fogo", a arte desempenha um papel fundamental para caracterização da sociedade medieval do universo de westeros; Pinturas rupestres, esculturas de guerreiros e desenhos de símbolos demonstra a diversidade e expressão de cada grupo étnico. Os livros de George R. R. Martin retrata uma situação presente também no Brasil e traz discussões acerca dos limites que a arte contemporânea deve ter por ser acusada de apologia ao estupro, zoofilia e identidade sexual. Percebe-se, historicamente, que a arte foi mecanismo de desenvolvimento cultural e intelectual, uma vez que desde a Grécia antiga, monumentos e pinturas expressavam desejos secretos e personalidades da época. Entretanto, essas definições tornaram-se ainda mais diversas com a liberdade de expressão assegurada como direito pena ONU - Organização das Nações Unidas e a carta magna do país, comprova-se isso com as diversas revoluções e manifestações como a que ocorreu no Brasil durante o regime militar que adotou a arte como simbolo de rebeldia. Nesse ínterim, observa-se que grupos de minoria se apossam cada vez mais dos movimentos de arte, negros usam do grafite para expressarem uma perspectiva de mundo a partir das comunidades, LGBT's usam de pinturas com frases impactantes para promover uma visão mais ampla das pessoas do grupo e quebrar preconceitos enraizados na sociedade, e assim simbolizar problemas da época, como fez o Modernismo na década de 20 e a Tropicália na de 60. Contudo, críticas às correntes de arte moderna têm sido comum no país, em 2017 o museu de artes do Santander, em porto alegre, cancelou uma exposição após ser acusada de conter apologia ao estupro e zoofilia; As diversas interpretações sobre uma obra pode gerar conflitos, sejam esses políticos e/ou ideológicos, parafraseando o filósofo Schopenhauer que dizia que quanto menos a vida pessoal interferir nas condições das coisas melhor será a compreensão intelectual, é possível explicar a necessidade de não basear-se nos próprios anseios, mas nas problemáticas da sociedade em que vive. Vê-se, portanto, que limitar a arte trará diversas consequências à autonomia de grupos e integridade de sua luta. Urge que o ministério da cultura crie leis de proteção aos movimentos artísticos que não ofendam e nem descriminem nenhum individuo, ONGs e escolas devem promover debates com os país e estudantes de ensino médio sobre a importância da arte para a formação intelectual e cultural da nação e promovam um olhar crítico a esses movimentos. Além do mais, o governo federal deve criar órgãos públicos que fiscalizem as obras que forem denunciadas por incitação a qualquer crime e esses sejam retirados da exposição, se, de fato incitarem, sem limitar a liberdade artística e de expressão, e desse modo, a arte se torne formadora de cultura e diversidade como no universo supracitado.