Enviada em: 21/08/2018

A arte sempre foi pauta que divide opiniões. Neste cenário, a liberdade de expressão concedida a todos os artistas dá oportunidade para a exposição de obras que não agradam a sociedade por expor problemas sociais e temas polêmicos como estupro, pedofilia e apologia a homossexualidade, surgindo assim a discussão sobre impor limites ao fazer artístico.Arte: censurar ou não? A conquista da produção artística custou muitas mortes e exílios no Brasil. Assim, impondo à ela limites, voltaria-se para o regime militar, onde a censura imperava e a liberdade de expressão era um sonho. Ocorre que uma pequena parcela destes artistas são imprudentes em suas exposições e trouxeram esta discussão à tona por abordarem, com certo eufemismo  e desrespeito, assuntos polêmicos como religião, estupro e pedofilia. Prova disso são as exposições artísticas como as do " Queesermuseu"- que foram canceladas em razão do mal uso de temas religiosos e pinturas envolvendo erotização de crianças. Outro fator que impulsiona essa discussão é são as chamadas "arte da favela". Neste caso, a população marginalizada dos morros acham no funk, e no rap meios alternativos de ganhar dinheiro, e assim, cantando, denunciam a  realidade social em que vivem. Entre os temas abordados, o preconceito e o abuso policial são os principais temas e isto causa o descontentamento das autoridades e a petição de censura. Um exemplo é a música "Racistas otários" da banda de rap Racionais Mc'S que em um trecho diz "no meu país o preconceito é eficaz te cumprimentam na frente, te dão um tiro por trás". Vê-se, portanto, que a limitação da arte é um retrocesso. Logo, cabe ao Ministério de Educação adicionar na grade curricular do ensino da arte, pautas que problematizem a abordagem imoral de tema polêmicos e que estimulem o fazer artístico voltado para a expressão e mudança social. Aliado a isto, órgãos públicos devem ser criados para vetar obras que forem denunciadas por incitação a crimes. Promovendo assim, o respeito mútuo.