Enviada em: 29/08/2018

A arte é, na sociedade moderna, forma de representar de diversas maneiras as realidades vigentes. Assim, enquanto a "arte pela arte" representada pelo parnasianismo no século XIX aliena a medida que ignora o real, a arte hodierna causa senso crítico e ensina. Nesse sentido, sendo a literatura pintura, dança e escultura representações do existente elas denunciam o real, devendo portanto, ser incentivada e não censurada. Ademais, a arte deve ser livre para que ponham-se limites na realidade.         Nesse ínterim, a arte grega, o estilo romântico e o parnasianismo foram manifestações focadas não no real, mas no que considerava-se belo. Não obstante, o realismo denunciou as mazelas sociais, tornando-se não belo, mas instrumento de modificação do meio, uma vez que denunciou os imbróglios existentes no período. Em se tratando, portanto, de violência e morte, o movimento artístico os evidência para combate-los. Nesse contexto, impor limite à arte é dificultar o esclarecimento do real e gerar alienação nos indivíduos que , estáticos ante a falta de conhecimento, não modificam o meio.        Outrossim, o Estado democrático de direito, bem como a Constituição brasileira garante à população a liberdade de expressão. Há quem diga, no entanto, que sendo a pedofilia, zoofilia o homicídio e o latrocínio crimes, esses não devem ser representados pois fariam da arte objeto criminoso. Todavia, esses parecem esquecer que não evidenciar esses crimes não os faz desaparecer , mas sim fortalece-os, deixando que existam sem que a sociedade dos perceba. Ademais, regimes totalitários caracterizados pela transgressão da integridade humana, como o Facismo, Nazismo e Ditadura militar tiveram como ponto em comum a censura à arte. Dessa forma, cercear a arte é ferir a Constituição, violar o direito do homem e compactuar com a ignorância da população ante aos problemas sociais.              Destarte, é necessário que o governo, por meio do uso da própria arte em programas de exercício à democracia e cidadania esclareçam o papel do movimento artístico. Esses programas devem contar com pintores, escultores. músicos, escritores e psicólogos que, em palestras e amostras artísticas, esclareça á população e incite-a a fazer arte. Além disso, o governo deve, por meio no Ministério da cultura fornecer verbas ao campo artístico fortalecendo os movimentos de expressões do ser e garantindo que o único limite da arte seja o desejo do artista.