Limites no mundo das artes: solução ou problema? Em 2017, um dos temas mais discutidos nos jornais brasileiros foi sobre a exposição "Queermuseu - Cartografias da Diferença na Arte Brasileira", na qual um homem completamente nu deixava que o público o tocasse. O que gerou um choque grande em várias pessoas foi o momento em que uma criança, na presença de responsáveis, interagiu com o artista. Todo esse acontecimento, acompanhado de outras exposições muito repercutidas, gerou uma polêmica: se devem ser impostos limites no mundo das artes. A partir do momento em que determina-se quais são os limites artísticos, limita-se também a maneira com que o ser humano pode se expressar, além do fato da arte ser algo subjetivo, ou seja, há várias interpretações para uma mesma obra. A arte, para algumas pessoas, é sinônimo de algo belo. Vale destacar que ela não necessita somente causar sensações agradáveis, como também pode chamar a atenção do público, causar incômodo com alguns temas e, algumas vezes, até revolta. Frequentemente, não gostamos de algo porque não achamos bonito, mas raramente paramos para pensar o que o artista estava querendo transmitir com tal peça. Devemos quebrar esses padrões e estereótipos de que toda arte deve ser bela, como a sociedade em geral pensa. Portanto, uma solução possível para resolver essa balbúrdia seria indicar corretamente qual tema será abordado na exposição a ser realizada e deixar claro a classificação indicativa da mesma. Isso é importante pois, quanto mais polêmica um certo tema gera, mais ele deve ser discutido. Limitando o mundo artístico, estamos limitando não somente o nosso pensamento, mas também a nossa visão de mundo.