Enviada em: 16/05/2019

Desde que a arte tomou o seu lugar no mundo como forma de registrar ou fazer uma crítica social, existem grupos de pessoas que são contra a liberdade de expressão que a mesma proporciona. A arte tem como objetivo causar uma reflexão perante a sociedade, porém, há casos em que ela desrespeita alguma ideologia, seja cultural ou religiosa. Logo, não é necessário um limite e sim um consenso entre as partes.  O jornal Charlie Hebdo, na França, foi atacado após publicar uma charge que fazia uma crítica a Maomé. Pelo fato de ter ofendido uma crença, os adeptos a ela sentiram-se ofendidos e através da violência mostraram sua indignação. A partir do momento em que a arte invade os preceitos de determinadas culturas, a mesma passa a ser vista como incoerente e desnecessária. Sendo que, o seu objetivo é proliferar o desejo da reflexão e não causar intriga. Mas, alguns artistas não compreendem até que ponto a arte é benéfica e passam dos limites que são considerados pela sociedade.   Durante a Idade Média houve um retrocesso nas artes por conta do controle que a igreja detinha sobre as manifestações. Para a instituição tudo o que fosse contra os seus ideias era considerado como heresia. Da mesma forma, hoje, parte da sociedade é contra determinadas formas de arte por não haver a tolerância por ideias que julgam ser contrárias e inadequadas. Segundo essa lógica, é necessária a compreensão de que há uma grande diversidade no mundo e que os conceitos nunca serão os mesmos. Portanto, cabe às pessoas se adequarem as formas de arte que estão acessíveis na sociedade e não bani-las.  Sendo assim, para que não haja conflitos deve ser estabelecido um equilíbrio entre a arte e o pensamento dos grupos sociais. Esse equilíbrio será alcançado com a implantação de regras que fiscalizem as obras de arte expostas em museus. A fiscalização deve ser realizada pelos próprios Museus Nacionais, logo, serão implantadas com o intuito de impedir artes que tragam alguma ofensa ou que desrespeite uma ideologia.