Enviada em: 16/05/2019

"O progresso é a lei da humanidade e o homem está em constante processo de evolução.". Tal declaração proposta pelo filósofo Augusto Comte permite refletir, na contemporaneidade, sobre como os limites impostos no mundo das artes devem ser superados, visto que representam a liberdade de expressão do indivíduo. Nesse sentido, convém analisar as principais causas dessa problemática.    Em primeiro lugar, as alterações históricas das definições de arte apresentam-se como relevante no rompimento do modelo delimitado tradicionalmente. Isso é afirmado, uma vez que, com a ocorrência do Renascimento Cultural na Itália, no século 14, a tendência artística é deslocada da preocupação estética para a provocação de choque e polêmica. Dessa maneira, perpetua-se o convite à sociedade a análise intelectual e política da composição em detrimento da passividade dos antigos conceitos de arte.      Por conseguinte, a liberdade de expressão assegurada pela Constituição Federativa Brasileira, promulgada em 1988, é contraposta quando os artistas são impedidos de manifestarem seus pensamentos. Isso acontece pois a censura instaurada impossibilita, diretamente, a busca pela autonomia pensamento dos brasileiros. Dessa forma, a alienação é cultuada pelo veto ao acesso á variedade cultural e artística presenta no país, de modo que contradiz o ideal de evolução de Comte.        Fica evidente, portanto, que os limites impostos no mundo das artes são insustentáveis. À vista disso, faz-se necessário que o Ministério da Cultura incentive a participação da população nos ambientes artísticos, por meio de políticas públicas voltadas ao facilitamento de acesso à esses locais por todas as parcelas sociais, com classificação etária às exposições, a fim de desmistificar o preconceito criado e democratizar seu alcance. Somente assim, o progresso de Comte começará a ser concretizado.