Enviada em: 16/05/2019

Com o advento da censura durante a Ditadura Militar, resultou-se historicamente um imenso prejuízo para o mundo das artes. Infelizmente, retirou-se seu viés reflexivo e na sua maior capacidade de interpretação de obras artísticas, permeando até a atualidade nos limites que a arte pode se desenvolver.  Inicialmente, a imposição de normas no campo das artes retira um posicionamento auto pensativo das pessoas. Tal como nas civilizações que foram descobertas nas Grandes Navegações, os quais por meio da aculturação de seus costumes, principalmente no âmbito artístico, conduziram para o modelo do homem branco. Dessa forma, analogicamente na sociedade moderna, impor a proibição de qualquer produção artística modela a sociedade para uma visão mais comum, propiciando a pensamentos mais iguais e de pouca discussão social.     Diante disso, reforçar limites no mundo artístico contribui para uma menor habilidade de interpretações de pinturas, esculturas, músicas em geral. Assim como nas populações "desconhecidas'' pelos europeus, a falta de interpretação pelos seus rituais e costumes significaram tamanha ignorância histórica. Contudo, essas raízes passadas demonstram no meio coletivo atual uma problematização dos conteúdos produzidos das artes, estigmatizando seus significados e objetivos erroneamente.     Dessa forma, faz-se necessária à atuação do Órgão Legislativo - agente ativo na criação de leis - na ampliação de regras que protejam produções de arte que, por meio de ajuda estatal financeira, patrocinem os pequenos e grandes projetos para que, então, seus projetos sejam expostos, permitindo conhecer diferentes formas de debates expressões. Ademais, o Ministério da Cultura deve propiciar maior contato da população com o meio artístico por intermédio de estímulos a visitas a galerias, museus, centros culturais - locais em que existe uma grande diversividade de criações visuais, escritas, sonoras - com finalidade de se obter uma sociedade capaz de interpretações mais sólidas do que foi vivenciado.