Enviada em: 20/03/2018

Arte livre de interrupções  Nas últimas décadas, o ser humano passou a se preocupar demasiadamente com as demonstrações de arte. A exposição "Queermuseu" do Banco Santander, colocou a sociedade para refletir se há um limite nas expressões artísticas e se a liberdade de expressão é um fator que realmente é colocado em prática. Em primeiro plano, a Semana da Arte Moderna - movimento artístico literário que ocorreu no ano de 1922 - juntou artistas e escritores que foram capazes, através de suas obras, de demonstrar as atribulações sociais da época e colocá-las e um plano visível. Contudo, sofreu grandes reclamações e se tornou alvo da elite, que acreditava que a arte e os movimentos sociais, deveriam existir em planos isolados, e que a liberdade de expressão era uma falácia. Sendo assim, o sociólogo Zigmunt Bauman em sua obra "Modernidade Líquida", mostra que a sociedade atual é moldada por valores líquidos, sem consistência. Gerando, então, uma corrente de reclamações baseadas em conceitos religiosos, patriarcais e tradicionais que estão embasados na individualidade, não levando o ser a pensar que essas manifestações de arte são necessárias para a inclusão de grupos na sociedade. Entretanto, há uma construção histórica de modelos perfeitos. O ser humano, ao visualizar algum tipo de manifestação artística que quebra com esses conceitos de perfeição, mostrando, desde frases fortes à pessoas nuas, acaba criando preconceitos dentro de si e expondo em formas de críticas. Urge, portanto, a necessidade do ser humano acabar com os esteriótipos de perfeição, aderindo a liberalidade quanto a manifestações artísticas. O Ministério da Cultura, em parceria com empresas televisivas, deve criar campanhas publicitárias e peças teatrais com um conteúdo que induza a sociedade a pensar diferente. Deste modo, acabaria com as críticas, criando um país com a "mente aberta" para esses tipos de expressões.