Enviada em: 03/04/2019

Compreendida como uma forma de respeitar, por empatia, o provável sofrimento de um indivíduo, o politicamente correto é um termo recente, advindo da difusão das mídias sociais e da luta por representatividade das minorias, que tem como objetivo reprimir falas e/ou expressões preconceituosas no meio de convivência humano. Contudo, o que se nota na atual conjuntura de vários países democráticos, inclusive o Brasil, é o extremismo de certos defensores do politicamente correto, que acaba ferindo, na maioria das vezes, o direito, assegurado aos seus cidadãos, de liberdade de expressão. Visto isso, a omissão dos órgãos competentes, frente a esse tema, torná-se ilegítimo.    Segundo à Constituição Federal do Brasil, todos os civis têm como garantia a livre manifestação do pensamento, sem qualquer tipo de restrição às suas liberdades de se expressarem, estando vedado o s seus anonimatos. No entanto, a prática de atos de calúnia e difamação contra a honra de terceiros não é ratificada pela regulamentação,  sendo os autores desses crimes punidos legalmente. Esses direitos e deveres dos cidadãos mostram que já exite, na nação, certo limite à expressão da opinião, posto que quando uma pessoa ofende a dignidade da outra, com discursos desrespeitosos (difamatórios e caluniosos), aquela é punida com multa e, em alguns casos, prisão. Sendo assim, se o politicamente correto fosse colocado em execução, da forma como está idealizado na teoria, buscando combater falas de intolerância e de rejeição, a nação brasileira estaria caminhando para uma evolução social.   Entretanto, o que grande parte dos adeptos do discurso correto estão realizando não condiz com o ideal primordial da política e, além disso, auxilia, a longo prazo, na perda da identidade cultural, já que alguns buscam reescrever obras literárias, como a de Monteiro Lobato, que traz consigo certas palavras que são vistas, na atualidade, como preconceituosas. Vale ressaltar, que muitos membros do politicamente correto usam os princípios do sistema como plano de fundo para proibir opiniões contrárias as suas, o que acarreta um prejuízo à sociedade, visto que a informação passada aos leigos se torna limitada,  e estes, por terem acesso a um único ponto de vista, acabam sendo alienados e incapacitados de dialogar (importante processo de interação social).    Em vista disso, cabe ao governo brasileiro promover debates, com especialistas que analisem o tema, e veiculá-los nos meios midiáticos, a fim de informar os seus cidadãos sobre a importância de se expressarem de forma consciente, evitando o desrespeito ao outro. Ademais, a punição, como estabelecida pela Constituição, aos caluniadores deve continuar existindo e sendo aplicada, pelo governo, de modo, cada vez mais, eficiente. Quanto às instituições escolares compete permanecer trabalhando no seu método de respeito ao próximo, facilitando, por isso, o convívio em sociedade.