Enviada em: 30/09/2018

A Constituição Brasileira de 1988 garante a todos os cidadãos o direito de se expressar. No entanto, muitos são os casos de indivíduos que não respeitam a dignidade humana de outrem. Isso se evidencia não só nos discursos de ódio a pessoas com cultura, cor e sexo diferentes, como também no aumento desenfreado do cyberbullying.        Em primeira instância, é importante ressaltar que a liberdade de expressão não outorga o direito de desrespeitar os cidadãos pelas suas diferenças. Segundo Orlando Villas Boas, é necessário tratar com dignidade e tentar entender as divergências culturais. Sendo assim, é fundamental a busca pelo conhecimento da dicotomia brasileira, em busca de respeitar a todos independente da cor, opção sexual, raça, etnia e condição social. Por conseguinte, o índice de violência diminuiria, pois muitas discussões ideológicas mesmo sendo garantidas por lei, acabam em confrontos não só de ideias, mas também físicos.        Outrossim, convém analisar ainda o crescimento do preconceito, difamas e apelidos pejorativos no meio virtual. Isso acontece pela impunidade para com os agressores, segurança aparente passada pelo outro lado da tela, e a falta de informação para denunciar esses tipos de atos. De acordo com Sartre, a violência seja independente da forma na qual é evidenciada, é sempre uma derrota. Torna-se notório o retrocesso do tecido social em achar que a liberdade de expressão é garantida para menosprezar outras pessoas. Porém, tais práticas só mostra a falta de consciência em lidar com uma garantia benéfica prevista pela lei, a fim de dizer o que pensa, respeitando a todos.        Fica claro, portanto, que medidas precisam ser tomadas para resolver esses impasses na nação. Cabe ao Poder Judiciário punir de forma educativa os cidadãos os cidadãos que manifestarem desprezo a outros, fazendo com que conheçam, estudem e convivam com a cultura que tanto menospreza. Ademais, o Governo deve instalar postos de denúncias contra o bullying virtual em diversos lugares no país, em soma a mídia divulgar as formas de agir quando for vitimas de casos como esses. Por fim, as escolas alertarem os alunos por meio de palestras, gincanas e debates a importância de conviver com as diferenças sociais, e evidenciar a busca por conhece-las. Assim, teremos uma sociedade que embora tenha senso crítico sabe lidar com as liberdades garantidas.