Enviada em: 04/10/2018

Consoante à segunda lei de Newton, um corpo tende a permanecer em seu estado inicial até que uma força contrária ao mesmo seja aplicada. De mesmo modo, a falta de liberdade de expressão é uma vicissitude que precisa de ser refreada. No entanto, o advento do politicamente correto e o pouco discernimento de alguns indivíduos são fatores determinantes para que essa realidade perdure. Diante disso, fica evidente que a livre expressão do pensamento é uma problemática a ser enfrentada de maneira mais organizada pelo governo brasileiro.   A princípio, cabe salientar que, segundo o IBGE, o Brasil tem mais de 100 nichos sociais. Consequentemente, é quase impossível verbalizar uma ideia sobre a realidade da sociedade sem ferir o que é defendido por outrem. Prova disso é que, de acordo com o jornal Folha de São Paulo, 8 em cada 10 pessoas já entenderam ter sofrido ofensa a partir da opinião alheia. Com isso, fica evidente que o politicamente correto não pode ser definido, pois o que é capaz de atingir o próximo é relativo.   Outrossim, em consonância ao psicólogo Skinner, o ser humano varia seu comportamento para ser adequado a todas as situações. Contudo, boa parte dos indivíduos não possuem essa sensibilidade, expressando suas opiniões sem qualquer discernimento. Por conseguinte, essas pessoas acabam externando preconceitos, ofendendo de maneira objetiva parcelas da população, fazendo com que o politicamente correto ganhe força, ameaçando a livre expressão do pensamento.   Portanto, o poder legislativo deve fazer valer integralmente as garantias individuais sobre liberdade de opinião expostas no artigo 5 da Constituição Federal, por meio da não aprovação de emendas que visem: punições aos que ferirem o politicamente correto e censura de qualquer natureza, seja aos meios de comunicação ou em direção as grandes massas. Espera-se, então, o fim de qualquer restrição da verbalização do pensamento, refreando de uma por todas esse problema.