Liberdade de expressão e politicamente correto De acordo com o artigo 5° da Constituição Federal, a liberdade é garantida em todo tipo de manifestação para todos os seres humanos. Porém, esta ampla definição de liberdade de expressão, quando posta em um espectro de realidade ampliada, se depara com empecilhos que delimitam as dimensões para o conceito. Tendo em vista que a garantia do direito de liberdade de expressão é imprescindível para a manutenção da ordem justa vigente, como garantiu Voltaire desde a época iluminista "Posso não concordar com nenhuma palavra que disser, mas defenderei até a morte o direito de dize-las", é pertinente que o senso comum tenha domínio do limite em que pode chegar sua autonomia. Desta forma, ao expressar sua opinião e verdade, o indivíduo que se encontra inserido em uma sociedade civilizada se torna responsável pelo impactos e consequências que essas podem causar. Declarações carregadas de ódio e preconceitos não são aceitas na organização social contemporânea, bem como não podem ser toleradas como uma opinião pessoal, sendo que afeta ou atinge de forma negativa outro indivíduo. Assim sendo, posto o fato de que a liberdade de um indivíduo se encerra onde começa a do outro, se faz mais que necessário que o bom senso e o politicamente correto nas métricas de respeito ao indivíduo sejam relembradas e afirmadas. O zelo para que a empatia seja aplicada na prática, a fim de não ofender possivelmente nenhuma classe deve começar desde o ensino fundamental escolar, sendo reforçados em âmbitos familiares e coletivos. Ademais, é pertinente que medidas judiciais sejam mais restritas, como uma cobrança de multas, por exemplo, para acusações de racismo, machismo, homofobia documentadas.