Enviada em: 23/10/2017

De acordo com a escritora Virgínia Woolf, de tudo o que existe, nada é tão estranho que as relações humanas com sua extraordinária irracionalidade, porém, para uma evolução humana é necessário a substituição de ideários antigos pelo pensamento racional e humanitário proposto pelo movimento iluminista do século XVIII. A liberdade de expressão, então, é um modelo de direito civil e de manifestação de pensamentos que vem contribuindo na luta contra governos autoritários. Todavia, é persistente no Brasil a adesão de certos princípios e a violação da Constituição Federal, cujo efeitos dinamizam a continuidade da incompreensão da prática de opinar.             A princípio, vale ressaltar que Brasil vem lutando contra atitudes opressivas vivenciadas desde a era colonial até a Ditadura Militar, os quais se baseiam em sentimentos de dominação caracterizados pela vedação da liberdade de expressão social e jornalística na sociedade. No entanto, com a promulgação da Constituição de 1988  torna-se livre a manifestação de pensamentos, mas vem sendo manuseada incorretamente, visto que diversas atitudes ferem a integridade humana como o compartilhamento de vídeos racistas e sexistas nos meios de comunicação. Prova disso, a presidente do Supremo Tribunal Federal afirma que a maior parte dos conteúdos censurados estão relacionados à questão que satisfaz a pessoa e que compromete as lutas sociais como a igualdade de gênero.                Outrossim, entre várias manifestações, destaca-se a Primavera Árabe ocorrida através da disseminação da informação nas redes sociais em que um jovem ateou fogo em seu próprio corpo em forma de protesto ao governo. Nesse sentido, é indiscutível que a velocidade das informações nos meios de comunicação contribui para a impossibilidade de omissão dos acontecimentos. Logo, tendo em vista esses casos, um dos grandes problemas enfrentados pelo cidadão brasileiro são os cometários discriminatórios e ofensivos nas redes sociais que tornam-se um vírus violador dos direitos humanos de rápida reprodução. Um exemplo disso, são os comentários preconceituosos que ofenderam a jornalista Maria Júlia Coutinho e que promoveu uma grande repercussão dos fatos e uma incansável busca da população por garantias estabelecidas pela Constituição e por igualdade.            Fica evidente, portanto, que as visões nocivas à liberdade de expressão e à Constituição Federal precisam ser combatidas. Para tanto, seguindo a lógica das leis de refração, a mídia, principal difusora de informação, através de propagandas deve promover uma mudança na velocidade de reprodução da opiniões prejudiciais para a compreensão da liberdade de expressão. Ademais, jovens, educadores e União, devem se mobilizar em movimentos sociais em locais públicos e na internet a fim de contribuir para erradicar as atitudes violadoras dos direitos humanos.