Enviada em: 01/11/2017

Existencialismo em pauta             A liberdade, segundo a própria constituição brasileira, é inerente a todo cidadão. Isso, pensando nos direitos humanos, esbarra em seus princípios fundamentais. Então, até que ponto se define a real liberdade? A noção do politicamente correto, hoje, restringe muito da expressão que deveria ser um  ideal. Entretanto, os limites da liberdade e do abuso e preconceito devem ser bem definidos para, então, haver uma concordância entre as opiniões divergentes no cenário liberal opinativo.            A questão da preservação da memória cultural nunca estendeu tanto seus tentáculos opressores quanto atualmente. Em uma época de inovações nos setores artísticos, tecnológicos e sociais, questões de homofobia, preconceito racial e xenofobia são temas muito presentes nos noticiários, entretanto, sua mistificação os torna exageradamente abrasivos, mesmo presentes em casos isolados, ao longo do ano. Segundo Richard Wollheim, "A arte é uma forma de vida", ou seja, sua preservação deve ser levada em conta como a própria liberdade de escolha da qual todos estão condenados, como pressupõe o pensador Jean-Paul Sartre. Desse modo, assume-se que o bloqueio do pensamento não deve existir por ação externa ou qualquer molde de idealismo existente.              Além disso, a censura presente em um mundo rodeado do protecionismo socialmente correto faz com que questões como sexualidade, religião e política gerem discórdias indefinidas por longos períodos de tempo, como o recente caso da deleção em massa de páginas da rede Facebook por suposta "agressão às crenças religiosas" e "exposição de conteúdos com viés sexual". Isso ocorre devido à pressão dos usuários que não aceitam a liberdade na Interweb. Isso pode ser observado na comparação das diretrizes de uso das redes no início da internet com as atuais, o que antes era inexistente, hoje restringe até mesmo comentários com palavras que podem ser consideradas ofensivas, mesmo se tratando de jargões ou palavras estrangeiras.            Portanto, percebe-se como, na contemporaneidade, as relações são extremamente restritas à própria incumbência que se encontra o interlocutor. Devem ser realizadas ações afirmativas para a redução dos conflitos com base no politicamente correto através do esclarecimento das posições de cada comentário. Medidas como o ensino filosófico, em escolas, para as vertentes do existencialismo, transformariam mentes de jovens fechadas pelos moldes corporativos em aurículos liberais associativos, visando à própria preservação da mudança como característica fundamental da sociedade e transformando o cenário conflituoso da defesa pela liberdade de expressão atual.