Enviada em: 31/10/2017

"Viver não vale nada se eu não me expressar". Já dizia a banda Raimundos nos anos 90, porém até que ponto a liberdade de expressão pode chegar sem ultrapassar os limites do politicamente correto. Após a Ditadura Vargas, onde foi criado um órgão que promovia a censura no Estado Novo e a Ditadura Militar que fundou o Conselho Superior de Censura, deparamo-nos com o mesmo dilema, porém não é o estado mais quem define o que é valido ou não e sim a população.      Sabe-se que é direito atribuído por lei de se expressar. Porém quando convivemos em sociedade é necessário e plausível impor limites. Como disse o pensador Voltaire: "preconceito é opinião sem conhecimento". Ou seja, as piadas normalmente satirizam as minorias, como com os e homossexuais e os negros, o que apenas expõe o quão leiga é a sociedade. Prova disso é aumento diário dos crimes de homofobia e injúria racial.       Contudo o problema está longe de ser resolvido, a ineficiência da Lei em punir pré-julgamentos e discriminações mascaradas por meio de humor lesam a resolução da problemática. Uma vez que a reação da população muitas das vezes, causam mais impacto do que a própria lei. Um dos exemplos foi do apresentador Silvio Santos que recebeu diversas críticas após fazer um comentário pejorativo a também apresentadora Fernanda Lima dizendo: "Com essa cara de gripe e essas pernas finas, ela não teria nem amor nem sexo".      Portanto, medidas são necessárias para resolver o empasse. Como o Estado identificar os crimes de intolerância, por meio da criação de uma lei, a fim de reprimir a rejeição criada em relação as minorias. Além disso o Ministério da Educação deve estimular debates sobre as diferentes realidades sociais, por meio da inclusão de aulas mais abrangentes de sociologia, a fim de darem início à desconstrução de estereótipos. Assim como a internet também pode ser usada para o mesmo fim. Medidas que certamente reduziriam ou até erradicariam o prolema.