Enviada em: 06/06/2018

Desde os processos denominados “revoluções industriais” e a ascensão do capitalismo, o mundo vem demasiadamente priorizando produtos e mercado em detrimento de valores humanos essenciais. Ao se pensar a respeito de limites entre estética e saúde, é possível afirmar que não é uma invenção atual. A problemática permanece ligada à realidade do país, seja pela pressão social, acompanhada pelos distúrbios mentais. Nesse sentido, convém analisar as principais consequências de tal conduta para a sociedade.   É irrefutável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser usada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. É possível perceber que, no Brasil, a influência da mídia limita essa harmonia, a exemplo, as redes sociais, como Instagram, qual contém sites que glorificam corpos esteticamente perfeitos, estimulando a busca por um padrão inatingível. Uma vez que, a verdade é mascarada, muitos desses monumentos corporais só são obtidos em mesas de cirurgias. Como fica explícito no livro Garotas de vidro, no qual a personagem Lia, tem como inspiração sites que estimulam anorexia.   Desse modo, não apenas a imposição pelo corpo perfeito, como também a dismorfia corporal, como impulsionador do problema, é um fator importante para a reflexão. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de exterioridade. Acompanhando essa linha de pensamento, observa-se que bullying sofrido por pessoas que estão esteticamente fora dos padrões de beleza atuais é intenso, acarretando doenças graves como depressão e até mesmo suicídio. Á exemplo da youtuber Alexandra, que se submeteu a cirurgias, por julgamento social, mesmo depois de vários processos cirúrgicos não se sentia dentro do padrão imposto, após anos de luta com a depressão e distúrbios alimentares, tentou  cometer suicídio.   É notório, portanto, que ainda há entraves para assegurar a solidificação de políticas que tendam à construção de um mundo melhor. Destarte, o Ministério Público, deve criar uma política rígida que bloqueie sites que induzam a degradação do indivíduo. Como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo. Logo, o Ministério da Educação (MEC) deve instituir à sociedade civil, como familiares, palestras de núcleos culturais gratuitos em praças públicas, ministradas por psicólogos, que discutam o combate a padronização, para que a população não diminua pessoas com diversidades e etnias diferentes, enfatizando a saúde e bem estar, a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus e que não caminhe para um futuro degradante.