Enviada em: 27/09/2018

No Império Romano, os treinamentos militares forjavam soldados fortes e atléticos, esse modelo servia de inspiração para aquele povo. Na atualidade, a mídia e a sociedade desempenham o papel de definir o padrão de beleza. Assim, na busca para atingir tais padrões, muitos indivíduos submetem-se a procedimentos estéticos em locais insalubres, além disso, podem ocorrer distúrbios alimentares em decorrência da busca do corpo perfeito.  Em primeiro plano, a busca pelo modelo idealizado de corpo afeta a mente. Desse modo, a anorexia e a bulimia, que segundo o Cadastro Internacional de Doenças (CID), são doenças psicológicas com efeitos orgânicos, afetam, respectivamente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um e cinco por cento da população. Em função disso, a imposição de um modelo do que é belo, afeta a saúde mental e física dos seres humanos.  Outro fato a ser observado, é o crescente número de clínicas clandestinas de estética. Nesse sentido, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), mais de cinquenta por cento das denúncias feitas a esse órgão são de estabelecimentos ligados à procedimentos de embelezamento. Inegavelmente, esses ambientes são um fator de risco à vida de seus pacientes por não possuírem a fiscalização adequada, tal fato é evidenciado pela morte de Lilian Calixto, recentemente divulgada pela imprensa, em um desses locais.  Diante disso, providências devem ser tomadas para a correção desses problemas. Portanto, a ANVISA deve criar um cadastro contendo os locais habilitados a realizar procedimento estéticos, a fim de que os possíveis pacientes saibam se os locais aonde se submeterão a intervenções está dentro dos parâmetros adequados e não apresentará risco a sua saúde. Ademais, o Ministério da Saúde deve promover, através de divulgações na grande mídia, formas de prevenção e como procurar tratamento para doenças relacionadas a essa temática.