Enviada em: 04/10/2018

Anorexia, bulimia, compulsão alimentar, depressão. Esses elementos representam as consequências negativas da busca desenfreada pelo corpo perfeito, o que acontece desde o período da antiguidade com os gregos, os quais cultuavam o corpo. A manutenção desse ideal demonstra a carência de iniciativas que elucidam os limites entre estética e saúde devido, sobretudo, à intensificação do capitalismo e à falta de conscientização populacional acerca da importância da saúde, constituindo desafios a serem enfrentados.      Primeiramente, quando os sociólogos contemporâneos Theodor Adorno e Max Horkheimer exprimem que a sociedade está submetida à Indústria Cultural, que são padrões estéticos pré estabelecidos pelas empresas do ramo, ilustra a grande influência do capitalismo na intensificação da busca por um corpo perfeito, haja vista a superestimação do ideal lucrativo em detrimento da saúde dos indivíduos. Nesse cenário, o marketing "bombardeia"  a todo momento os cidadãos com dietas e musas (os) fitness, associando-os com o ápice da felicidade. Isso corrobora para a exclusão social das pessoas que não conseguem emagrecer, bem como incita a constante busca pelo corpo magro para aquelas que já emagreceram. Nesse sentido, a saúde é subestimada. Dessa forma, é necessário rechaçar tal cultura para garantir bem estar social.      Além disso, segundo o autor Ray Bradburry, no livro Fahreiheit 451, é essencial difundir informações a fim de fomentar o senso crítico na população, o que evidencia a importância da conscientização social na busca da valorização da saúde. Nessa perspectiva, com o entendimento de que nem todos os caminhos são válidos para alcançar o corpo magro e definido, os profissionais da saúde serão mais consultados e a automedicação e a autosuplementação irão diminuir, implicando a queda de doenças alimentares. Dessa maneira, orientar os cidadãos é essencial para que medidas as quais objetivam ao emagrecimento com responsabilidade sejam efetivadas.     Fica claro, então, o mau prognóstico do desenvolvimento de ações que combatam o desequilíbrio entre ser e aparentar saudável. No propósito de minimizar tal problemática, o Ministério da Saúde deve estimular a necessidade de ser saudável por meio de campanhas esclarecedoras dos malefícios de emagrecer a qualquer custo, porque, assim, haverá oportunidade dos indivíduos reconhecerem os limites da estética e da saúde. As escolas, ainda, podem fomentar, a adesão de dietas responsáveis por meio da promoção de debates com nutrólogos e de feiras públicas, pois haverá educação alimentar com respaldo médico, evitando complicações no organismo.