Enviada em: 10/05/2019

Na obra “O homem Vitruviano”,o renascentista Leonardo da Vinci tenta estabelecer o que seriam as proporções divinas do corpo humano. A busca por um padrão de beleza a ser seguido não é uma marca exclusiva da época de da Vinci, mas está presente ao longo da história da humanidade.Tal fato influencia a relação do indivíduo com o seu corpo e pode ocasionar problemas graves de saúde.Nesse contexto,deve-se analisar como à cultura do corpo e a manipulação midiática impulsionam tal problemática.    Em primeiro lugar,as pessoas buscam através de procedimentos estéticos resultados que elevam a sua autoestima e bem-estar.Acerca disso,o culto ao corpo "perfeito" faz com que,cada vez mais,indivíduos busquem intervenções estéticas,ora pelas insatisfações físicas,ora pelos parâmetros da indústria da beleza.Contudo,a obsessão pelo padrão de beleza ideal compromete à saúde dos cidadãos a medida em que interfere na qualidade de vida.Intervenções cirúrgicas,uso demasiado de dermocosméticos,dietas,remédios sem prescrição médica são exemplos de procedimentos que se não tiver um acompanhamento com especialista podem ocasionar danos irreversíveis a saúde dos indivíduos.Com efeito,o corpo social excede o limite entre estética e saúde.   Outrossim,os indivíduos são facilmente influenciados pela mídia que impõe um padrão de beleza ideal.Consoante à Teoria do Habitus elaborada pelo sociólogo Pierre Bourdieu,a sociedade possui padrões que são impostos,naturalizados e,posteriormente,reproduzidos pelos indivíduos.Sob tal ótica,os meios de comunicação em massa estabelecem estereótipos idealizados de beleza feminina,na qual  sugerem satisfação e realização pessoal e, principalmente, aludem à eterna juventude.Dessa forma,os indivíduos são instigados a priorizar a beleza física em detrimento da própria saúde,ocasionando,assim,a ditadura da beleza.Por consequência,em prol da estética a sociedade desenvolve transtornos físicos e psicológicos.    Infere-se,portanto,que medidas são necessárias para alterar o cenário vigente.Logo,é imprescindível que o Ministério da Saúde,em parceria com as instituições de ensino,por meio de psicólogos e médicos,promova debates e palestras em salas de aulas,a fim instruir sobre os danos causados pela obsessão excessiva do padrão ideal de beleza.Ademais,a mídia deve criar campanhas publicitárias,de modo a quebrar tabus da indústria da beleza,com o fito de atenuar padrões preestabelecidos.