Na antiga mitologia grega, Narciso era um homem belo e vaidoso, que se apaixonou pela própria imagem refletida em um lago e se atirou, assim morrendo afogado. Fora da ficção, há um desconhecimento sobre o limite entre saúde e estética, sendo necessária a determinação de limite. Segundo Jean-Jacques Rousseau, o homem guiado pelo amor próprio, corrompe-se e passa a ter o desejo de ser superior aos outros. Em primeira análise, cabe pontuar que o ser humano desde primórdios busca a aparência "perfeita", mesmo que se exponha a riscos de vida. Atualmente, o Brasil ocupa a segunda posição no ranking de cirurgias plásticas do mundo, de acordo com a ISAPS. O principal fator para taxa é a manipulação da imagem pela mídia impondo um padrão de beleza, mas acaba sendo interventor de diversos incômodos sociais como: baixa autoestima, depressão, discriminação e distúrbio alimentar. Entretanto, convém frisar que o consumo de anabolizantes é crescente principalmente entre jovens. Comprova-se isso, conforme apontou a pesquisa do G1, segundo a pesquisa, jovens entre 16 a 24 anos admitiram vício por essas substâncias. Ademais, a ausência no setor jurídico em fiscalizar propagandas tendenciosas colabora para dificuldade de imposição de limite à vaidade, gerando-se efeitos catastróficos, visto que muitos por falta de ajuda e discernimento acabam encontrando a morte. Portanto, medidas são necessárias para atenuar a problemática. É imprescindível que a população primordialmente reconheça o problema. Isso pode ser feito em uma parceria do ministério da educação e saúde na criação de palestras educativas em escolas, ministradas por psicólogos. Além disso, propagandas nas mídias sociais e distribuição de panfletos por ONGs seriam essenciais na diminuição de pessoas que sobrepõem essa barreira estética. Por fim, a punição a propagandas tendenciosas usando a legislação pelo setor jurídico iria paulatinamente extinguir a adversidade, pois de acordo com Martin Luther King, toda hora é hora de fazer o que é certo.