Enviada em: 01/10/2017

Academias, dietas milagrosas, cirurgias plásticas e anabolizantes. A busca pelo "corpo perfeito" verifica-se na sociedade contemporânea brasileira como um padrão estético doentio. É perceptível, que a obsessão pelo corpo ideal está diretamente relacionada a padrões corporais impostos pela mídia e suas propagandas manipuladoras.    Todavia, vale salientar que ao decorrer dos períodos históricos, o conceito de beleza e estética varia muito. No período da pré-história, os padrões estéticos foram evidenciados por esculturas femininas de seios volumosos e excesso de tecido adiposo pelo corpo.Ademais, difere-se muito dos padrões corporais estabelecidos pela coletividade contemporânea , onde somente o corpo magérrimo ou musculoso, são modelos de corpos perfeitos.    Outra preocupação constante, relaciona-se à forte influência que a mídia exerce sobre a formação social, psicológica e cultural, de um indivíduo na sociedade. Os paradigmas definidos pela mídia, enfatizam arqueótipos de  beleza e estética. Programas de televisão e propagandas são usados para realçar os corpos esculturais e os padrões que devem ser seguidos, com isso, sendo o público jovem o mais vulnerável à absorver novas ideologias, este torna-se o público alvo desses estereótipos.    Nesse sentido, evidencia-se que a obsessão por um aparência perfeita acarreta sérios problemas à saúde. O desejo doentio para se adquirir um corpo esbelto, coagido pela sociedade, suscita em dietas milagrosas, que posteriormente desencadeiam distúrbios, como anemia e bulimia, e cirurgias plásticas desnecessárias, são exemplos de riscos que milhares de pessoas se submetem para conquistar o "corpo dos sonhos".    Dessa forma, conclui-se que os padrões corporais e estéticos obsessivos estabelecidos pela sociedade moderna, acarretam em sérios problemas à saúde. Portanto, faz-se necessário que os órgãos públicos com auxílio das mídias sociais, desenvolvam campanhas, visando conscientizar à população sobre os riscos causados ao  indivíduo que submete-se à processos estéticos arriscados e sem prescrição médica, e também divulgar pelos meios de comunicação, que os indivíduos diferem-se por diversas maneiras, e que é necessário a individualidade de cada pessoa, visto que, nem todas as pessoas precisam se "encaixar" em padrões impostos à ela.