Afrodite As cirurgias plásticas começaram durantes os conflitos do século XX onde, tanto a II quanto a I guerra mundial, deixavam um gigantesco número de pessoas marcadas por mutilações e deformidades pelo corpo. A intervenção médica, que originalmente era para dar uma vida melhor para quem precisava, caminhou com o passar do tempo por todo o globo e hoje é buscada, muitas vezes, por vaidade. O Sistema Único de Saúde brasileiro conta com um crescimento absurdo na fila para intervenções no corpo nos últimos anos e tem colocado em xeque a busca pelo corpo perfeito, vista a perda irreparável da saúde. De acordo com o pensamento do filósofo grego Platão, o importante não é apenas viver, mas viver bem. Não existe nada de errado em buscar uma boa aparência, pelo contrário, associando uma boa alimentação, exercícios físicos e o acompanhamento médico, é extremamente recomendado. Infelizmente, nos dias atuais, a falta de tempo para se dedicar a saúde somado ao desejo de fazer parte do "belo" faz as pessoas recorrerem ao atalho da cirurgia, em busca de uma beleza utópica a qualquer custo - pagando, inclusive, com a própria saúde. É importante observar que, segundo a Organização Mundial de Saúde, o Brasil é o segundo país que mais realiza cirurgias plásticas no mundo, tendo no topo da lista a busca pelos implantes de silicone. Com cada vez mais pessoas recorrendo ao bisturi, o número de resultados não esperados também sobem, seja por erros nos procedimentos médicos ou pela insatisfação pela transformação. Um bom exemplo de resultado desastroso em busca pela perfeição é o cantor Michael Jackson que, após incontáveis procedimentos, sofreu com a perda de melanina de seu rosto. Tendo em vista os argumentos apresentados, medidas para amenizar o problema são necessárias. A mídia, em especial, precisa rever os modelos apresentados para a sociedade, pois o padrão de mulheres magras e homens sarados fazem o indivíduo achar que não se encaixa e que precisa mudar para ser aceito. Propagandas e telenovelas devem adotar diferentes pessoas, mostrando que a beleza está em todo mundo, e não apenas em uma parcela pré-moldada. Somado a isso, as escolas precisam colocar esse tema em discussão com os alunos com o objetivo de ser entendido que a beleza utópica não existe, sendo mais importante o pensamento platônico de viver bem e com saúde.