Enviada em: 21/10/2017

A questão do limite entre a estética e a saúde nunca foi dada a devida importância ao longo da história, na Grécia Antiga a estética se tornou uma preocupação com a criação de padrões estéticos nas pinturas e esculturas onde eram retratados somente homens musculosos e altos e mulheres magras mas curvilíneas, o que retratava a minoria da população grega. Já no século 21, o crescimento da mídia e da indústria da beleza introduziu padrões estéticos o que pode influenciar negativamente  na saúde de milhares de pessoas que buscam atingir esse padrão.  Na atualidade as pinturas e esculturas foram substituídas pela mídia, que se tornou o meio de propagação de padrões, onde desde programas infantis e até mesmo em jornais é apresentado como bonito e saudável somente pessoas que se enquadram nos padrões estéticos , que ainda é o mesmo que o da Grécia Antiga. Pensando nisso, o filósofo Immanuel Kant afirmou que o homem é aquilo que a educação faz dele, ou seja, os comportamentos humanos são baseados naquilo que lhe é ensinado, tanto pela mídia quanto pela sociedade.  Isso explica o grande número de cirurgias plásticas por pessoas que buscam se encaixar nesse padrão no Brasil, que segundo pesquisa da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), ocupa o segundo lugar mundial no ranking de números de cirurgias plásticas, entre essas cirurgias destaca-se a lipoaspiração, que é o procedimento estético mais realizado e é o que mais mata no Brasil, segundo a ISAPS, já que é muitas vezes realizada por médicos sem qualificação. Além de cirurgias, muitas dietas também oferecem riscos a saúde, já que cortam completamente os lipídios e carboidratos, que são fonte de energia para as células, e esse corte pode gerar prejuízos à saúde como doenças cardiovasculares e até mesmo a morte. Portanto, medidas são necessárias para solucionar esse impasse. Cabe ao Ministério da Cultura realizar campanhas educativas em escolas, faculdades e em auditórios de amplo acesso á população sobre a importância de lutar contra a insegurança e priorizar a saúde física e mental ao invés da estética para isso deve contar com psicólogos e nutricionistas afim de conscientizar a população. Para intensificar essa ação cabe a Mídia aumentar a representatividade no que é exposto por ela, afim de mudar o pensamento da sociedade e assim acabar com os padrões estéticos.