Enviada em: 25/10/2017

Muito além do peso  No filme " O retrato de Dorian Grey" é descrito um personagem que cede sua própria alma em busca da perfeição, fora das telinhas, essa é a realidade de inúmeras pessoas. Logo, percebe-se que o culto ao corpo perfeito e a exigência de um padrão de beleza não é um dilema do mundo moderno. Cirurgias plásticas desnecessárias, dietas da moda, anabolizantes, cremes milagrosos dentre outros artefatos estão sendo utilizado pelas pessoas para se adaptar aos atuais padrões estéticos.     Na Grécia antiga, belo estava associado a aptidão física e ao modo de viver do cidadão grego, enquanto atualmente, a virtude os valores humanos são resumidos em centímetros de bíceps, busto, coxas, dentre outros membros. Ademais, a compulsão pelo corpo perfeito pode gerar doenças como: depressão, bulimia, anorexia e outras. E a mídia exerce grande papel de influenciadora nesse meio, uma vez que é a própria que dita o que está na moda, como por exemplo: na década de 80 em que o belo eram os corpos das super modelos, já atualmente são os corpos malhados.      De maneira análoga, durante a primeira guerra mundial, inventaram as cirurgias plásticas, e as cintas modeladora e desde então as pessoas as aderiram. Tanto que, segundo o G1, o Brasil atualmente é o país com maior número de operações estéticas do mundo. E esses artefatos são muito perigosos, haja vista que a prioridade é a estética e não a saúde. E o preço imprudente pela beleza pode custar muito caro, em muitos casos até a própria vida em outro e outros pode deixar lesões inapagáveis, como no caso da modelo Andressa Urach, que teve problemas com aplicação de hidrogel nas pernas e quase chegou a falecer. Casos semelhantes ocorrem diariamente com inúmeras pessoas que utilizam anabolizantes, o qual tem inúmeros efeitos colaterais.     Destarte, medidas são necessárias para resolver o impasse, e fica evidente que essa problemática precisa sair da inércia. A mídia tem um papel preponderante na resolução da problemática, e pode desenvolver filmes, propagandas e séries com maior diversidade corporal e ainda incentivar a autoaceitação. Ademais, as escolas e instituições podem promover palestras a respeito desse problema, e oferecer psicólogos, professores de educação física e nutricionistas a quem necessitar. No mais, a família deve ensinar as crianças o amor ao próprio corpo e ainda incentiva-los a prática de exercícios regulares e a boa alimentação.