Enviada em: 27/10/2017

De acordo com o escritor e poeta britânico Oscar Wilde, ''No culto da beleza não há nada de são. Esse culto é esplêndido de mais para ser são''. A famosa frase permite um raciocínio a respeito da ideia de beldade propagada pelas propagandas e incorporada pela sociedade brasileira, de que as mulheres precisam ser magras e os homens com músculos. Desinformadas, inúmeras pessoas não são capazes de pensar sobre os resultados na busca por esse modelo muitas vezes inacessíveis.   Tão importante quanto preocupar-se com o corpo, cuidar da saúde também é essencial. Nesse sentido, muitos indivíduos rendem-se todos os dias à restrições alimentares ou ao uso de substâncias como suplementos e anabolizantes na busca do corpo ideal. O descontrole dessas atitudes atuam como um ''tsunami'' no interior do organismo e provoca doenças graves e, em alguns casos, até a morte. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social. Dessa forma, é preciso saber que a felicidade não está na idolatria do corpo, uma vez que cada ser humano possui seu próprio metabolismo e constituição corporal.   Conforme o pensamento do poeta espanhol Ramon de Campoamor, ''A beleza está nos olhos de quem a vê''. Isso acontece, principalmente na época atual, em que as pessoas são julgadas pela aparência, já que a padronização da beleza e sua disseminação nas mídias, tanto por propagandas quanto por apresentação de concursos, levam as mulheres a recorrer ao limite, como plásticas e transtornos alimentares, tais como a anorexia e a bulimia. Desse modo, os conceitos de beleza ainda delineiam as sociedades de hoje e, na maioria das vezes, é fruto desse molde determinado por programas televisivos e pela comunidade em geral.         É necessário, portanto, refletir a cerca do padrão de beleza imposto diariamente aos brasileiros. Em primeiro lugar, o próprio indivíduo deve ser mais flexível a seu respeito, recorrendo ao apoio de profissionais da área, como psicólogos, a fim de libertar-se desse olhar limitado de belo para aceitar-se como ele é. Ademais, cabe o Ministério da Educação, em parceria com as escolas, levantar essas indagações e discussões sobre os estigmas corporais, por meio de palestras educacionais com o intuito de instigá-los a refletir sobre tais padrões. Por fim, a mídia precisa reconhecer sua responsabilidade de organizadora de opiniões e proporcionar uma discussão aprofundada sobre essa questão. Só assim compreender-se-á que a individualidade da beleza está exatamente na diversidade.