Enviada em: 28/07/2018

A relação do homem com o meio ambiente, ao longo da História, passou de amigável a predatória. Devido a exploração desenfreada de recursos naturais promovida pelo consumo em massa, nossa sociedade ignora cada vez mais os impactos gerados por meio do acúmulo de lixo. Como resultado, a obsolescência fomenta o descarte de objetos ainda funcionais demonstrando, assim, a necessidade de ressignificar o conceito de lixo.  Além da reciclagem ser de extrema importância por se sustentar na preservação da natureza, precisamos conceber o ideal de prazer individual imediato como principal aliado ao consumismo, o qual eleva a produção de lixo gritantemente. Tal situação implica no descarte de muitos materiais que ainda podem, e devem, ser utilizados, demonstrando o quão deturpado o critério de funcionalidade se apresenta.  Diante disso, o destino desses resíduos também devem ser abordados. Independente do tipo de lixo, seja orgânico ou industrial, a falta de coleta e tratamento adequados promovem a disseminação de doenças, tais como tétano, hepatite, verminoses, dentre outras. Dessa forma, a saúde pública também é atingida, tornando o problema não apenas ambiental, mas social.  Portanto, faz-se necessário medidas governamentais e sociais para solução do impasse. Cabe ao Estado, a partir de parcerias entre empresas e cooperativas de reciclagem, a criação de incentivos fiscais no tratamento e reaproveitamento do lixo visando diminuir sua concentração.  Ademais, é interessante promover campanhas realizadas por escolas e ONG´s em favor do consumo consciente, visando criar cidadãos ecologicamente responsáveis por meio de palestras. Assim, será revigorada a relação entre o homem e meio ambiente, quebrando o elo histórico predatório de caráter utilitarista.