Enviada em: 21/04/2017

Folha em branco       No final do século XVIII, a Inglaterra iniciou seu processo de Revolução Industrial. A introdução de indústrias e o intenso êxodo rural ampliou a produção de lixo nos centros urbanos. Nesta perspectiva, é possível verificar que o acúmulo de resíduos sólidos em locais inadequados afeta o meio ambiente e favorece a proliferação de doenças em muitos países, inclusive no Brasil.     Há quem diga que a sociedade brasileira promova a ideologia capitalista. Os dejetos hospitalares, industriais e domésticos são destinados a lixões, ocasionando enchentes e epidemias como, por exemplo, a dengue e a leptospirose, através de mosquitos e roedores.      No ranking mundial dos maiores causadores desse problema, o Brasil encontra-se na 4º posição, seguido dos Estados Unidos e China. Segundo uma pesquisa realizada em 2015 pela ABRELPE (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), apenas 58,4% do lixo é transportado para os aterros sanitários. De acordo com o filósofo inglês John Locke, nascemos como uma folha em branco, sem conhecimento, e o adquirimos por meio de experiência.      Evidencia-se, portanto, que o consumo excessivo agrava os desafios enfrentados pelos cidadãos. Para atenuar esse problema, é imprescindível a intensificação de campanhas em mídias de entretenimento para enfatizar a adoção de medidas de redução, reutilização e reciclagem. Ademais, o Ministério do Meio Ambiente associado ao Ministério Público devem inserir lixeiras de coleta seletiva nas ruas e multar os infratores. Dessa forma, a folha em branco poderá ser preenchida, formando cidadãos, de fato, conscientes.