O crescimento populacional, mais precisamente a partir da Revolução Industrial, criou um dos grandes problemas socioambientais para a atualidade: a produção crescente de lixo. Com efeito, há necessidade de ações governamentais e sociais, no intuito de garantir a integridade dos ecossistemas, bem como a possibilidade das gerações futuras usufruírem de um ambiente limpo e saudável. Com o exacerbado consumo, cada vez mais se produz lixo sobre a natureza. No entanto, a causa do problema não deve se restringir ao consumismo em si, mas como os dejetos desse é tratado. É lamentável que depois das grandes transformações pelas quais o Brasil passou nos últimos trinta anos (científica, tecnológica, etc.), ainda não se estruturou um eficiente sistema de coleta de lixo. Com efeito, principalmente nas épocas de chuvas, grande parte acaba afluindo sobre bueiros, rios e mares.Nas cidades, isso contribui para a ocorrência das enchentes, as quais além de causarem perdas materiais, disseminam doenças para a população, como a difteria, por exemplo. Já no ambiente marinho causam a morte da fauna e da flora por intoxicação, sobretudo. Segundo o geógrafo Milton Santos, para o bem-estar local e global, urge a necessidade de união entre as nações, de forma a conciliar interesses, a priori, antagônicos: os econômicos e ambientais. O pesquisador norte-americano Stuart Hart é um dos grandes arautos dessa conciliação, todavia esclarece que o debate provoca dissidências entre as grandes potências mundiais(Estados Unidos e Alemanha), o que dificulta ações efetivas. Fica claro, portanto, que resolver a questão da produção de lixo em uma sociedade capitalista é bastante complicada, pois envolvem diversos fatores. No entanto, é necessário a união entre a sociedade e o governo. Este poderia investir em uma coleta de lixo mais eficiente, seja no campo ou na cidade, enquanto o terceiro setor realizaria palestras e seminários de conscientização e educação ambiental. Quem sabe, assim, seja possível um ambiente saudável e limpo para as futuras gerações.