Enviada em: 13/07/2017

Desde o fim da Guerra Fria, em 1985, com a consolidação do sistema capitalista, cresceu no mundo o consumismo desenfreado. Desta forma, a sociedade almeja o consumo sem se preocupar com a quantidade e nem com a forma de descarte de seus resíduos.   O sociólogo Karl Marx discorre sobre a sociedade de mercado e o consumo alienado, criticando a valorização intensa do bem material e a forte indução do mercado capitalista ao consumo. Para manter isso, os produtores passam a aplicar a obsolescência programada, como incentivo panejado para o rápido descarte dos produtos comprados, tendo em vista a aceleração do ciclo de mercado. Nesse ínterim, o consumo aumenta o volume de resíduos sólidos gerados haja vista, no Brasil são produzidos anualmente cerca de 57 milhões de toneladas de lixo, segundo o instituto de pesquisa e economia aplicada, IPEA.    Além disso, a população pouco se preocupa com o destino dado ao lixo, fator que pode gerar impactos ambientais. De acordo com a pesquisa de saneamento básico do Instituto brasileiro de geografia e estatística (IBGE) mais de 40% dos municípios descartam seus rejeitos em lixões, ou seja, locais que não tem preparação adequada do solo e nem monitoramento de emissão de gases provenientes da decomposição do lixo, acarretando problemas ambientais como poluição do solo e ar. Ademais, as poucas cidades que possuem aterros sanitários como local adequado para descarte, em sua grande maioria estão alcançando seu limite de capacidade devido a grande demanda.   Com base no que foi exposto pode-se inferir que medidas fazem-se necessárias, portanto, cabe ao governo federal atuar para que os municípios cumpram com a adequação do local de descarte de seus lixos dentro do prazo estabelecido pelo programa nacional de resíduos sólidos, multando quem não o cumprir. Os administradores dos aterros sanitários devem fazer parcerias com ONG's de catadores assim, reaproveitando parte do material e diminuindo o volume de lixo tal como gerando empregos e renda. Ainda, o ministério da educação (MEC) deve acrescentar a grade nacional de ensino a disciplina de educação ambiental promovendo uma conscientização sobre a importância de seu papel enquanto cidadão para resolver o problema do lixo no Brasil.