O advento da Revolução Industrial e o consequente aumento da produção estimularam o consumismo exacerbado que ocorre hodiernamente. Assim, a produção intensa de lixo tem se tornado um problema grave que afeta muitos países. Somente no Brasil, cerca de 240 mil toneladas de resíduos sólidos são gerados a cada dia, situação essa que é agravada pela má gestão pública e pela falta de consciência por parte de alguns indivíduos. Em 2010, no Brasil, foi aprovado um Plano Nacional de Resíduos sólidos que visava acabar com todos os lixões até 2014. Entretanto, essa meta não foi alcançada, já que o descarte de lixo ainda é feito em sua maioria nos lixões, no qual é produzido o chorume, um material agressor ao meio ambiente. Nesse âmbito, os aterros sanitários são os ideais para o tratamento do lixo de forma adequada, porém são adotados somente por 40% dos municípios. O reaproveitamento, reciclagem e redução de lixo pela população é portanto, uma importante ferramenta para diminuir a quantidade de lixo que é destinado aos lixões. Além disso, faz-se necessário o uso da coleta seletiva em maiores proporções, pois menos da metade do país -cerca de 18%- faz uso desta. Ademais, o descarte inadequado de resíduos provoca danos na natureza que afetam diretamente a vida das pessoas. No Brasil, o entupimento dos bueiros por causa do lixo jogado na rua é o principal causador das enchentes que assolam o país todos os anos. O despejo de materiais impróprios em rios e mares torna o ambiente inviável para tomar banho - o que prejudica o turismo local - e agride a vida marinha. Portanto, urge que o Estado invista na construção de mais aterros sanitários e que adote a coleta seletiva na maior parte dos estados. É necessário também a conscientização dos indivíduos acerca da diminuição da produção de lixo e do descarte adequado deste. Para tanto, o Ministério do Meio Ambiente em parceria com as mídias sociais devem informar a população sobre a importância da reciclagem, da separação de resíduos e as consequências do despejo de lixo em locais inadequados.