Enviada em: 26/05/2018

A música "Pra não dizer que não falei das flores", produzida por Geraldo Vandré no período da Ditadura Militar no Brasil, tem uma letra que instigava a população a ir contra os ditadores da época, ainda que por meio de metáforas, já que qualquer tipo de protesto contra o governo era reprimido violentamente. Hoje porém, sabe-se que manifestações são direitos dos cidadãos garantidos pela Constituição de 1988, o que ratifica a importância da luta para que as melhorias na saúde, educação e renda aconteçam.     Primeiramente, as manifestações são formas de mostrar ao governo a insatisfação social. Seja por causa dos altos impostos, seja por não se sentir representada, seja pela corrupção, a população vai às ruas lutar por seus direitos e mostrar que a atitude do Governo está em desacordo com os seus anseios. Pode-se citar como exemplo, os protestos em várias cidades do país que foram responsáveis pelo impeachment do então presidente Fernando Collor de Melo, em 1992.     O problema é que, ainda que a intenção da maioria dos manifestantes seja a de fazer uma reivindicação pacífica, há grupos que associam-se à violência e ao vandalismo. Isso faz com que haja uma intervenção radical, como ocorreu, por exemplo, nas manifestações de 2013 em São Paulo e em diversas cidades do Brasil, onde a polícia atuou violentamente em resposta aos atos de destruição dos manifestantes ativos, deixando vários feridos.     Fica evidente, portanto, que para que a sociedade brasileira possa lutar por seus direitos sem ser impedida, medidas devem ser tomadas. A Escola, em parceria com o Ministério da Educação, deve incluir no conteúdo programático escolar, projetos específicos de História e Sociologia, como debates e palestras, a fim de incentivar o senso crítico do aluno e o comportamento ético, para que eles possam ir atrás de seus direitos evitando qualquer tipo de violência. Somente assim, as manifestações populares serão, de fato, uma ferramenta de mudança social em nosso país.