Enviada em: 04/06/2018

As manifestações populares foram ao longo da história o mais importante meio para reivindicar um estado de bem-estar social e, no século XXI, não poderia ser diferente. Diante da crise no regime democrático, ou mesmo na ausência dele, as manifestações populares atuais assumem um caráter muito mais intensivo e organizado. Contudo, assim como fui no passado, as novas manifestações também sofrem repressão que, assim como os levantes de hoje, se tornaram mais elaboradas.     A luta pelos direitos fundamentais a vida foi uma constante durante a idade moderna. A insatisfação com o contexto político-social em voga, como durante a Revolução Industrial e a Revolução Francesa; onde diretos como moradia digna e voto eram negados, as manifestações populares assumiram uma função libertadora das péssimas condições de vida. Atualmente essa mesma ideia permanece, sobretudo de maneira mais sofisticada, pois os grupos sociais conseguem se mobilizar de forma muito mais organizada, rápida e integrada em busca de seus objetivos. Isso se dá graças ao relativo acesso aos meios de comunicação como internet e suas redes sociais, foto observado na Primavera Árabe.       Todavia, ao passo que as manifestações populares foram evoluindo no tocante a organização e na inteligência, as formas de conter essas expressões de insatisfação também foram, mesmo que de maneira mais velada. Esse fato ocorre nos episódios de cesura e, de forma mais elaborada ainda, na falta de imparcialidade dos grandes meios de comunicação do Brasil frente a determinados contextos. Isso se verificou, por exemplo, quando as reportagens da Rede Globo começaram a jogar, de forma sutil e velada, a real culpa dos efeitos da greve dos caminhoneiros, instaurada na metade de 2018, para cima da própria categoria; deixando muitas vezes o contexto situacional de trabalho dos caminhoneiros implícito.     Verifica-se, dessa forma, que as manifestações populares relacionadas a busca de direitos e equidade devem ser garantidas, sobretudo, pela própria sociedade. Esse papel fiscalizador é melhor desenvolvido quando o a sociedade forma, por exemplo, ONGs e sindicatos; para reivindicar até mesmo o direito de existir dessas organizações democráticas. Dentro dessas intuições é interessante que se estabeleça comunicação e se obtenha informações por meios democratizados e variados, como serviços de mensagem globalizados. Isso é necessário para se evitar ficar refém dos mecanismos de controle social.