Enviada em: 02/06/2018

No século V a.C., na Revolta do Monte Sagrado, Roma Antiga, os plebeus já lutavam pelos seus direitos. Tal fato evidencia que os Homens nunca se acomodaram em momentos de insatisfação. Desse modo, no século XXI não seria diferente, manifestações populares passaram a ser mais frequentes, uma vez que a democracia possibilita maior liberdade. Direitos suprimidos e corrupção são algumas causas dos levantes.   Segundo o educador Paulo Freire, a liberdade somente é adquirida em comunhão. Essa situação é ratificada, por exemplo, no Brasil, com o Movimento Diretas Já, quando a população reivindicou por liberdade e direito ao voto e obtiveram êxito. Nessa perspectiva, nas últimas décadas, com a crise política e econômica que o Brasil está enfrentando, o povo sentiu a necessidade de novamente se reunir e buscar mudanças. Contudo, poucos resultados foram observados, já que há bastante resistência de alguns políticos e de setores da sociedade, como os grandes empresários, pois mudanças de paradigmas podem, para estes grupos, significar enormes prejuízos.   De fato, a ideia de democracia, muito disseminada no Brasil, possibilitou que, por meio das redes sociais, jovens se unissem para exigir os seus direitos e o fim da corrupção, em 2013. Entretanto, a mídia, muitas vezes, divulga as manifestações como atos de vandalismo, tentando diminuir, assim, a sua importância. Em vista disso, muitos cidadãos abandonam o apoio aos militantes, temendo a radicalização.   Cabe, portanto, que as universidades, principalmente os cursos de Ciências Sociais e História, suscitem palestras, abertas ao público,sobre a importância da democracia, prevista na Constituição de 1988, explicando como a sociedade pode exigir, com mais eficiência, seus direitos. Atrelado a isso, as escolas podem abordar a temática das manifestações com debates em sala de aula, conscientizando, assim, os cidadãos, desde a infância, que a resistência deve ser sempre enfrentada. Ademais, o Poder Judiciário deve fiscalizar as redes midiáticas a fim de requerer mudanças na forma como são transmitidas as informações, caso seja observada a intenção de depreciar os movimentos ou alienar os espectadores.