''O poder nunca é prioridade de um indivíduo, pertence a um grupo e existe somente enquanto o grupo se conserva unido.'' - Hannah Arendt. Na citação anterior temos em vista a situação social e política de uma sociedade. No século XXI, há diversas manifestações, portanto, tem como o objetivo de mudar uma situação. Em geral, envolvem confrontos políticos e têm relação de oposição ou parceria com o estado. Historicamente, algumas manifestações populares foram essenciais para o desenho do mundo de hoje. A mais famosa delas, a Revolução Francesa, é um marco do fim da Idade Moderna e das liberdades individuais. Manifestações referentes ao sufrágio universal e aos direitos dos trabalhadores definiram muito o desenvolvimento de várias sociedades por todo o mundo. A voz popular é capaz de tirar a legitimidade daqueles que supostamente a representa, motivo pela qual as manifestações ocorrem contra governos eleitos democraticamente. Outrossim, é importante salientar a modernização dos meios de comunicação, em especial dos canais que envolvem a internet, é possível que as informações do assunto e a convocação acerca de uma manifestação ocorra mediante o mundo virtual. Esta rapidez da globalização faz com que em questões de de poucos dias, ou até horas, um número grande de pessoas tomem conhecimento, agilização o processo do encontro, e aumentando o número de participantes. Não só isso, a rede mundial de computadores ainda possibilita a transmissão ao vivo do movimento, atingindo um número ilimitado de telespectadores. Em suma, as manifestações populares seguem o padrão histórico da luta do povo pelos seus direitos, liberdade e alcance de uma vida em pleno exercício democrático. Cabe ao Estado assegurar que esses direitos sejam concedidos, visto que o direito a livre expressão do pensamento e de reunião constam na carta magna do país, e que os protestos de origem popular sejam ouvidos sem represálias, cabe a policia militar compreender que o povo não é um inimigo e sim quem deve ser protegida dos desmandes de tiranos. Paulatinamente cabe à população compreender a força e o poder de sua união, e que tem não só o direito, mas como o dever de se manifestar frente a injustiças, sempre de forma pacífica, insistindo em ser ouvida e certificando-se de que leis arbitrárias déspotas, não esclarecidas, não passarão.