Enviada em: 02/06/2018

As manifestações populares são uma ferramenta de grande poder. Historicamente, independente do regime adotado pelos Estados, a população faz uso dessa ferramenta para expor seus anseios e exigir mudanças. Dentre os principais causadores dos conflitos temos a falha na comunicação entre o povo e os governantes. Nos dias atuais temos uma vantagem através das redes sociais e da internet, que têm sido grandes aliados na organização das reuniões em espaços públicos       Com relação às falhas de comunicação, temos a maior parte dos Estados demonstrando alienação às reais necessidades da população à medida que as medidas políticas adotadas vão de encontro às condições da massa populacional. Recentemente vimos isso aqui no Brasil, quando o presidente Michel Temer declarou ter sido "pego de surpresa" com a Greve Geral dos Caminhoneiros (2018). Em um país com constantes manifestações populares ao longo dos últimos anos, exigindo mudanças em áreas essenciais, como infraestrutura, saúde, e educação... ser "pego de surpresa" com a insatisfação popular (e consequente mobilização) realmente não é algo plausível.    Ademais, observamos uma crescente mobilização popular na organização das reuniões em locais públicos. Números cada vez maiores de cidadãos tomam as principais cidades do país sempre que são convocadas novas manifestações por direitos básicos, já amplamente defendidos a partir da Revolução Francesa.       Tendo em vista o exposto, as manifestações são direito da população e, atualmente, têm sido sua melhor arma. Portanto, os ativistas devem continuar promovendo encontros pacíficos e organizados, utilizando-se das redes sociais disponíveis para manter a população unida na luta pelos interesses comuns. Pois ao se expressar de forma uníssona, conseguem romper as barreiras comunicativas deixando claro suas revindicações, possibilitando aos governantes adequar suas ações no que for possível.