Entre os anos de 1983 a 1984,a campanha das Diretas Já - movimento civil de reivindicação por eleições diretas no Brasil - mobilizou,de forma pacífica,milhões de pessoas em comícios e em passeatas.Entretanto,no limiar do século XXI,as manifestações populares são caracterizadas,cada vez mais,por atos de violência,seja pelos manifestantes exaltados,seja pelo uso desproporcional da força policial - fatores correlacionados diretamente com esse problema contemporâneo. De acordo com Émile Durkheim,o fato social é a maneira coletiva de agir e de pensar,logo um indivíduo que vive em uma comunidade violenta,tende a adotar tal característica.Desse modo,movimentos radicais - como os Black Blocs - estão enraizados nas manifestações populares,visto que atos de depredação de bancos e do patrimônio público são práticas assíduas desse grupo.Nesse contexto,mediante a desordem causada pelos anarquistas,diversos indivíduos aproveitam o caos para saquear estabelecimentos comerciais - fenômeno nocivo à sociedade brasileira. Além disso,consoante Paulo Freire,em seu livro '' Pedagogia do Oprimido '',o Estado deve buscar uma Cultura de Paz''.Contudo,ocorre grande discrepância entre a teoria da obra com a realidade nacional,pois significativa parcela da polícia reprime com violência,física ou verbal,os manifestantes.Assim,tornou-se comum reportagens,nos noticiários,que evidenciam pessoas que ficaram cegas devido ao uso das balas de borracha,e,também,indivíduos que apresentaram redução da frequência cardíaca mediante o spray de pimenta. Urge,portanto,que as instituições nacionais cooperem para mitigar tal problema.Dessa maneira,convém ao Estado,com o apoio das ONGs,promover,através da mídia,campanhas que conscientizem a população sobre a importância da ordem e do respeito nas campanhas populares.Ademais,cabe ao Judiciário fiscalizar e,por conseguinte,punir os atos de violência - popular ou policial - presentes nas manifestações.Com essas medidas,talvez,a Cultura de Paz se torne realidade no Brasil.