Enviada em: 02/06/2018

A Primavera Árabe é um conjunto de protestos, revoltas e revoluções populares contra governos do mundo árabe que eclodiu em 2011. Apesar de terem conseguido derrubar ditaduras de quatro países, a Síria continua sofrendo com as consequências desse movimento, realçando a dualidade do processo. Visto que as manifestações possuem polos positivos e negativos, devemos, então, analisar os dois extremos para resolver esse impasse e mostrar sua importância no século XXI.         Antes de tudo, é preciso considerar o caráter e os resultados benéficos das manifestações. Para isso, basta compreender as manifestações populares como ferramenta para o exercício pleno da democracia pois, a partir da exposição dos pedidos da população, é possível guiar o país pelo interesse da maioria. Sendo assim, as manifestações também validam a essência do homem que, para o filósofo Aristóteles, é participar da comunidade política.        Por outro lado, há quem sustente que as manifestações populares ferem direitos fundamentais, principalmente daqueles que não as apoiam. Esse grupo aponta, por exemplo, que são comuns cenas de violência, como invasão de estabelecimentos, deterioração de patrimônio público e impedimento de locomoção. Os opositores às manifestações, porém, não consideram que, a maioria das conquistas sociais que se tem no mundo ,tiveram origem desses processos da exposição de insatisfação popular, prova disso, são as greves operárias do início do século XX que, por meio de manifestações, conquistaram os direitos trabalhistas.        Infere-se, portanto, que medidas devem ser tomadas para resolver o problema. Para isso, o Governo, em parceria com os meios de comunicação de massa, deve veicular campanhas e palestras, incentivando a população a manifestar seus interesses de forma pacífica, visando o cumprimento das leis. Além disso, o Poder Executivo deve acompanhar rigorosamente qualquer manifestação popular, treinando agentes de segurança especificamente para isso, a fim de garantir também que os protestos estejam dentro da legalidade. Dessa forma, será possível ratificar o ideal de Aristóteles sobre a manifestação como essência do indivíduo.