Enviada em: 03/06/2018

As manifestações populares têm ganhado cada vez mais espaço na sociedade mundial do século XXI, uma vez que as ânsias sociais acabam representando ideias e conceitos diferentes dos que estão sendo regidos pela representação política e governamental vigente nos locais de atuação desses levantes. Mas, não é do século atual que isso vem ocorrendo, desde o período em que transcorreu o Iluminismo - século XVIII - um movimento intelectual, político, econômico vem emergindo nas sociedades em que se passam conforme surge a necessidade de mudança a fim de que promova e consolide os direitos civis que superam o ideal de "liberdade, igualdade e fraternidade" pregada no século das Luzes. Tais lutas públicas refletem uma série de desafios que acabam refletindo no povo como: corrupção, gestão ineficiente de um país, segregação social e, consequentemente, a falta de efetivação dos direitos garantidos pela democracia.       Em princípio, um dos fatores que promovem o surgimento de manifestações sociais é a implantação da corrupção. O regime político que passa por essa situação demonstra uma gestão ineficiente do país aos cidadãos que ficam sem oportunidades e sem recursos em diversas áreas presentes em seus cotidianos como saúde, educação e segurança. Com isso, as necessidades da população acabam sendo privadas de assistência oferecida pela gestão municipal, estadual e federal, mesmo que a sociedade mantenha o pagamento de impostos e taxas em  dia.      Além disso, o atendimento proporcionado somente a uma parcela da população fomenta a segregação social e a inibição dos direitos concedidos a esses habitantes, expressando, consequentemente, uma falha na consumação da democracia. Dessa forma, a marginalização e a exclusão social se tornam permanentes em determinadas regiões citadinas, fazendo com que tais cidadãos percam direitos que são garantidos pela lei e os levam a ir para as ruas em busca de respostas e, principalmente, de atenção. Pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística revela que aproximadamente 25% da população vivem marginalizadas e anseiam por reivindicações que possam promover a garantia das atribuições oferecidas pela lei.     Logo, com a constante necessidade de atendimento a uma população sedenta por uma administração política concreta e efetiva, medidas devem ser tomadas para que amenizem o impasse. A eliminação de recursos judiciais oferecidos pela lei, pelo Poder Legislativo, a fim de que parem de fazer com que os processos contra a corrupção se arrastem ao longo dos anos acoplada a promoção da cobrança dos departamentos estatais para que haja prestação permanente das contas e da aplicação de recursos pelos órgãos de controle da administração pública visando efetivar a igualdade.