Enviada em: 05/07/2018

A era das redes sociais    Manifestação, de acordo com o dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, é qualquer ato de tornar um pensamento, ideia ou ponto de vista, públicos. O século XXI é marcado por grandes protestos em diversos lugares do mundo, inclusive no Brasil. Esse é um fenômeno decorrente, sobretudo, da expansão dos meios de comunicação, como a TV e a internet, que torna mais fácil a convocação das massas, porém, também é mais simples manipulá-la.    Dessa forma, as pessoas lutam contra governos corruptos e autoritários, exercendo seus direitos de manifestação em combate à Estados que não garantam plena cidadania a sua população, como afirmava John Locke. Um grande exemplo foi o da Primavera Árabe, na qual iniciou-se na Tunísia, quando um cidadão ateou fogo no seu próprio corpo por não aceitar pagar propina à policiais. Rapidamente seu vídeo se espalhou pelas redes sociais e uniu a sociedade tunisiana contra a ditadura no país. Os protestos seguiram para outras regiões árabes, como Egito e Síria, existindo uma constante entre eles: o uso da internet como propagação de protestos e o combate à governos antidemocráticos.    Além disso, em terras brasileiras as manifestações também são enérgicas, contrariando o mito do cordialismo do homem tupiniquim. Em 2013, diversos protestos ocorreram por todo o Brasil, reivindicando maiores investimentos em saúde, educação e segurança, e também contra os gastos absurdos com a Copa do mundo. Tais reuniões ocorriam nas ruas e eram organizadas pela internet, através do Facebook e Twitter, principalmente.    Todavia, existem diversas manipulações midiáticas, no presente e no passado, que buscam ludibriar as massas. Se no passado, a TV brasileira, em sua maioria, mascarava a ditadura militar, tentando entregar feições de democracia, na atualidade, se popularizam as "fake news", que se espalham nas redes sociais e propagam mentiras, como ocorreu na última eleição para presidente dos Estados Unidos, no qual os dois lados da campanha espalhavam a desinformação na internet.    É necessário, portanto, que o Ministério das Comunicações dos países que sofrem com notícias falsas propagadas na internet, ajam de duas maneiras: primeiramente, é fundamental que seja fiscalizada as redes sociais em busca de "fake news" e assim tenham o poder de apagá-las, fazendo com que os indivíduos não visualizem conteúdos mentirosos. Em segundo lugar, o próprio órgão deve lançar conteúdos na internet, que ajudem as pessoas a identificar notícias falsas, como por exemplo, checando as fontes. Tudo isso é extremamente imprescindível para as pessoas poderem usar a internet para fins democráticos de maneira segura e eficaz.