Enviada em: 23/09/2018

O filme de Glauber Rocha, a Terra  em Transe, de 1967 demonstra o caos que ocorre no país fictício El Dorado. Tanto a vertente populista, como a da extrema-direita, apesar de possuírem ideologias diferentes, demonstram a falta de interesse de mudar a realidade de miséria que o povo desse país vivia. Uma ficção que dialoga cabalmente com o atual contexto político que o Brasil enfrenta. Á vista disso, há dificuldade de acreditar que melhorias socias possam ocorrer através dos politicos que governam a nação.    Em primeiro lugar, quando se analisa o cenário político do Brasil, percebe-se  uma conjectura, a qual  reflete-se em um país que ainda não conseguiu se libertar das algemas do colonialismo. É ciclo vicioso em que interesses das nações estrangeiras determinam como o país irá ser governado, como Monteiro Lobato aborta em seu livro, O escândolo do petróleo e Georgismo e Comunismo. O qual revela que as ambiçoes  das empresas estadunienses eram concedidas através da politica brasileira, no tocante, ao impedimento da exploração do petróleo no país das empresas nacionais, durante as décadas de 30 e 40. Dessa forma, da mesma medida que o livro apresentou e nos dias atuais  políticos que coligam não com os interesses da sua população, mas sim, com os interesses externos, permitem que não haja avanços sociais significativos, no Brasil.     Além disso, os atuais escândalos de corrupção envolvendo os políticos do país, insere na sociedade o sentimento de ceticismo da população sobre a politica. Dado que, apesar da consciência do cidadão de que em um sistema democrático o poder emana do povo, entretanto, por não ver mudanças sociais, acredita que é melhor  se afastar do seu dever, de fiscalizar, reivindicar dos políticos a sua atuação. Assim, se silencia a população e permite que o sistema republicano entre em colapso.